quarta-feira, 11 de julho de 2007

[leia] Culpados pela ação e pela inércia

A população reclama que os vereadores não fazem nada, e quando eles finalmente resolvem fazer alguma coisa, a população volta a criticá-los.

Aconteceu nos últimos dias quando alguns vereadores enviaram um ofício ao comandante da polícia militar local exigindo a imediata suspensão das ações no trânsito da cidade.

Os vereadores saíram em defesa do povo, pois considerava que a promotoria pública havia tomado a decisão errada ao ordenar a cobrança das multas e a apreensão dos veículos irregulares. A maior preocupação dos vereadores era quanto a exigência do uso do capacete, o que obrigou a população inteira a comprar o utensílio. E a maior crítica do povo era o fato de que os capacetes já haviam sido comprados e parar com a fiscalização era um retrocesso. O que a população que critica não entende é que a ação de regularização do trânsito não pararia por aí. Já tinha data marcada para que as motos e carros que trafegam na cidade estivessem regularizados e a cobrança da carteira de motorista era outra realidade.

Comprar o capacete já causou um grande estrago no comércio local, segundo os próprios comerciantes, imagine cobrar as motos e carros ‘em dia’ e dentro de um curto espaço de tempo e logo em seguida ter que fazer curso de direção?

Nosso problema não é aceitar as mudanças, mas é fazer com que as mudanças sejam aplicadas num curto espaço de tempo e sem a menor participação da população. Os vereadores foram eleitos para defender os interesses do povo, e mexer no bolso do cidadão pobre e necessitado é uma ofensa das mais graves que pode existir.

Que o trânsito deve ser melhorado, isso não resta a menor dúvida, mas também não devemos esquecer dos nossos outros problemas, como o aumento da violência, o aumento no consumo de drogas, o aumento nos assaltos e roubos. A criminalidade em Apodi está em alta, nos tornamos uma das cidades mais perigosas do estado, e não digo isso porque nossos jovens morrem no trânsito, é porque enfrentamos esse problema em todas as camadas sociais da cidade. Ninguém está imune à ação dos bandidos. Até o nosso padre foi assaltado e nunca ninguém soube ou saberá quem foi o malfeitor.
DeAssis Oliveira - ApodiBaixo doPano

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