[leia] Lucia Tavares pesquisadora da história dos índios Tapuias Paiacus do Apodi fala aos apodienses
Diante da decisão de expormos as peças indígenas, pertencentes, sem sombra de dúvidas aos índios Tapuias Paiacus (nossos primeiros habitantes), peças essas conseguidas com muitas dificuldades, muitas vezes, por meio de contatos e, sobretudo, viagens à localidades de difícil acesso do município de Apodi.
Viagens essas realizadas com nossos próprios recursos, queremos afirmar, que existe sim, um desejo imenso de despertar o interesse do povo apodiense para um tesouro ainda desconhecido pela grande maioria da população. Quero dizer que antes de mim - Lúcia Tavares - ninguém enfrentou e abraçou essa causa. Por isso quero manifestar minha atitude de tristeza quanto ao desinteresse até o presente momento por parte do poder público.
Outra, não quero que aquilo que é nosso de direito, seja depois descartado. Não há necessidade de mencionar aqui, mas, todo o Apodi sabe, que somos considerada a terra do "Já teve". E isso não pode e não vai acontecer com o sonho de termos o Centro Histórico Cultural dos Índios Tapuias Paiacus da Lagoa do Apodi, centro esse que pretende criar o Museu Luíza Cantofa.
Ressalto que temos inúmeras peças que foram dos índios Tapuias Paiacus. Temos conosco a Machadinha do nosso cacique Manoel Álvaro. Quero dizer que estou a ponto de sair da cidade e solicitar ajuda a órgãos federais, isso, em decorrência de atitudes passivas dos nossos governantes.
Quero dizer que já, por 2 vezes, deixei de representar nosso município em eventos promovidos pelo Centro Cultural Adamastor na cidade de Guarulhos/SP, isso por falta de condições financeiras. Quero dizer também que desde de 2006 estou numa luta incansável de resgatar nossa história, me refiro a pesquisar, e a outros municípios antes pertencentes a Apodi, tudo em busca de resgatarmos e preservarmos a nossa história.
Quero aqui agradecer o apoio direto do amigo Marcos Pinto, do amigo Antonio Praxedes e do amigo Raimundo Torres. Informo que Raimundo tem contribuído na questão da criação do projeto. É ele que está colocando no papel todos os sonhos que temos em relação aos projetos de resgate da história e cultura dos nossos índios.
Cultura não tem cor partidária nem adota posição político-partidária. É todo um processo de resgate histórico que requer a participação de todos os conterrâneos, através de doação de artefatos líticos que pertenceram aos nossos primeiros habitantes TAPUIAS PAIACUS DA LAGOA DO APODI. Portanto, fica a convocação para que todos somem esforços no sentido de contribuir para esse grande tema histórico.
conheço a historia do padre telles, também menciona o nosso lajedo, desculpa não vi você mencionar nada sobre o lajedo já que o mesmo é uma prova viva de nossos antepassados. quero dizer q sua luta será árdua, pois sofremos muito com o processo de conscientização do nosso lajedo e sabemos o quanto é difícil, gostaria muito de me inteirar da nossa história, como faça pra ter acesso?
Também conheço a saga de Lucia Tavares e com certeza ela se apoia na história do lajedo de Solidade, nacionalmente conhecida, bem como nas enormes gravuras existente no sitio São Francisco feitas pelos Índios Tapúias Paiacus e que ainda vivem escondidas assim como as nossas raízes indígenas pouco valorizadas pelo povo Apodiense...(infelizmente). Não desista Lucia, essa é uma luta árdua sim, mas que vale a pena !!!
Admiro o seu trabalho Lucia Tavares, e sou uma India Tapuia Paiacu perdida na Tribo dos Genipapo Canindê em Aquiraz Fortaleza...Nós ainda existimos !!!
Respondendo ao anônimo: O trabalho da Pesquisadora LÚCIA TAVARES restringe-se ao resgate da história dos índios Tapuias Paiacus da Ribeira do Apodi,no perído de 1680 a 1825, cujos artefatos estão dispersos nas grutas e margens das lagoas do Apodi,do Pacó e do Apanha-Peixe, além das margens do Rio Apodi. Quanto ao Lajedo de Soledade, as inscrições teriam sido feitas pelo homem pré-Cambriano. Os índios da lagoa só visitavam o Lajedo de Soledade no período do inverno, onde caçavam e colhiam mel de abelhas. Quanto ao acesso à história dos índios do Apodi leia os livros "A GUERRA DOS BÁRBAROS", de Afonso D. Taunay, e o livro "ÍNDIOS,COLONOS E MISSIONÁRIOS NA COLONIZAÇÃO DO RIO GRANDE DO NORTE", de autoria de Fátima Martins Lopes, já disponíveis para leitura virtual, no Link da Coleção Mossoronese/Fundação Vingt-Un Rosado.
Bela resposta amigo Marcos Pinto. Realmente o foco da pesquisadora Lucia Tavares é o resgate da História e da Cultura dos Tapuias Paiacus -história essa, que, como já falamos ninguém, antes dela tive interesse em iniciar.
Mimha vó era TAPUIA HERDEI TODOS OS GENS FISICOS DELA ME CONSIDERO INDIO, TENHO MUITA VONTADE DE CONHECER MINHA GENEALOGIA, MINHA MÃE DIZIA QUE ELA, MINHA VÓ, ERA TAPUIA O NOME DELA ANTONIA FERRERIA DA SILVA.....
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