[leia] Ministro do Esporte foi chamado para reunião no Planalto, diz PC do B
O ministro do Esporte, Orlando Silva, está no Palácio do Planalto reunido, ao lado de dirigentes do PC do B, como o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral). A expectativa é de que ele tenha uma conversa com a presidente Dilma Rousseff.
A situação de Orlando Silva se agravou na última terça-feira, data em que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou, de fato, as investigações de um suposto envolvimento do ministro na pasta.
Nem governo nem integrantes do partido descartam uma possível demissão do ministro, mas preferem aguardar uma definição de Dilma. Até mesmo aliados do ministro reconhecem que, desde o início da crise, há 10 dias, este é o pior momento para Orlando Silva.
Na visão do Executivo, o "timing" joga contra o titular do Esporte. Isso porque está marcado para a tarde desta quarta-feira o depoimento do policial militar João Dias na Câmara. Ele acusa Orlando de envolvimento em irregularidades, sem ainda ter apresentado provas de suas alegações. Apesar disso, a avaliação é de que o ministro enfrenta um problema político, ao não conseguir sair da crise.
Há dois critérios vistos como ideais no governo para orientar essa cogitada nomeação: ter perfil para jogar duro com Fifa e CBF, como deseja Dilma; e ser capaz de desmobilizar as irregularidades no Esporte, mesmo que isso implique demitir correligionários.
PC DO B
Ontem, após ouvir Orlando por mais de três horas na Câmara, a bancada do partido se reuniu tarde da noite na casa do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) para discutir sua situação. Pela primeira vez desde o começo da crise, há 11 dias, o PC do B avaliou a situação do ministro como "muito difícil".
Segundo Renato disse aos deputados, o chamado do Planalto ontem à tarde foi para comunicá-lo da mudança da posição da presidente Dilma Rousseff em relação ao cenário no Esporte.
Com a abertura do inquérito pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o Planalto avaliou que a crise estava se agravando e seria difícil manter Orlando no cargo.
Rabelo conversou com o advogado-geral da União, Luis Adams, para explicar à bancada que o inquérito era "um processo administrativo", segundo relatos. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), apareceu no final da reunião.
Carvalho comunicou ao PC do B ontem ainda que o ministro era aguardado hoje, às 9h, no Palácio do Planalto. Ele foi acompanhado pelo presidente do partido e os líderes na Câmara e Senado.
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