[leia] Brasil: Rumos do ensino em debate
Lendo um jornal de grande circulação essa semana me deparei com uma notícia que fisgou minha atenção. O nosso presidente Lula e o ministro da Educação, Fernando Haddad, abriram a Conferência Nacional de Educação (CONAE), essa debaterá o novo Plano Nacional de Educação (PNE) para estabelecer as metas a serem alcançadas entre 2011 e 2020. O encontro deve fazer um diagnostico da situação da educação brasileira no momento.
A última avaliação do Plano Nacional de Educação, relativa ao período de 2001 e 2008, constatou que nosso país só cumpriu 33% das metas estabelecidas. Não é preciso ser nenhum gênio para deduzir que o resultado é considerado insatisfatório. A nossa educação nunca foi de uma qualidade excepcional, talvez já tenhamos até nos acostumados com tudo isso. Somos mais de 14 milhões de pessoas que não sabemos nem escrever o próprio nome, sem qualquer instrução, ou como chamamos, analfabetos funcionais.
Surge nesse momento aquela velha pergunta: Quando vamos fazer valer o texto constitucional que assegura a educação básica para todos? É bem verdade que o governo tem investido muito na educação de jovens e adultos, mas os resultados em relação à qualidade do ensino não vem sendo o esperado. Acreditamos que as metas a serem atingidas sejam ainda muito irreais. Temos necessidade de resultados mais satisfatórios, mas quando se trata de valorizar o principal responsável pela educação nesse país, os governos continuam com as mesmas velhas promessas: Um dia a coisa vai melhorar.
Espero estar vivo para poder ver um país melhor e mais justo para todos, com respeito às diversidades culturais, étnicas e valorização dos profissionais como um todo. Para votar em aumento salarial para parlamentares existem até sessões extras, mas para votar em aumento para os mestres, a coisa não é bem assim.
O diretor da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Carlos Eduardo Sanches, entre muitas colocações falou algo que eu gostaria de destacar “As pessoas da área rural, por exemplo, trabalham o dia todo na lavoura e não querem ter que andar mais 30 quilômetros para ir ao colégio".
O que nos leva a crer que fica evidente que o grande problema da educação brasileira reside em questões complexas e sociais. Para resolver tais problemas não poderíamos pensar de outra forma se não globalmente, interligando as demais áreas (saúde e segurança) que também não se encontram as mil maravilhas. “Um país melhor se faz com homens e livros”, já dizia Monteiro Lobato. E quais serão as metas a serem alcançadas entre 2011 e 2020, me pergunto? Não acredito que a maioria dos jovens quer ser médico, juiz, engenheiro, promotor por achar tais profissões as coisas mais lindas do mundo. O que todo mundo quer é dinheiro para poder ter uma vida mais tranqüila e digna. Pergunte a uma criança se ela quer ser professor quando crescer.
2 Comentários:
"O Brasil que queremos está impregnado na "politica" sebosa, que muitos ainda insiste em adorar e vangloriar sem saber que essa ideologia politiqueira acaba sempre com os números surreais que alguns indicadores sociais mostram para nossa sociedade. Precisamos unirmos, se quisermos usufluir de um país mais justo e fraterno. Como Dizia o Grande Monteiro Lobato: " “Um país melhor se faz com homens e livros” e nao com a ideia de aprender sem educar, pois a virtude de um homem está na educação.
Karol Wojtyla
Caraúbas - RN
É .. até concordo com vc viu Prof. mas acho que você mesma não compreende sua mensagem.. acho que você é daquelas que diz "faça o que eu digo, não faça o que faço"
por que acho que na hora de mostrar toda essa sua "inteligência" em relação a política vcoe foi mais politiqueira que todo mundo e seguiu a sua bandeira por beneficio próprio, o qual acho que nem precisa assim desesperadamente.
Mas.. obg pela linda mensagem, pra vc deixo essa
"palavras bonitas não constroem castelos nem sonhos, apenas servem para enfeitar a cabeça de quem está a par da situação"
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