[leia] Maior que a tristeza de não ter vencido é a vergonha de não ter lutado

Diante de um mundo cada vez mais integrado, onde as informações, as notícias, enfim, quase tudo se tem informação mais rápida, se tornou comum ver que os costumes se tornaram valores e logo passaram a ser cultura, e por falar em cultura, ser patriota é cultura? Se é, não sei ao certo, mas em matéria de patriotismo acho que os americanos estão bem aquém das demais nações da Terra.

Mas foi vendo uma matéria exibida na Rede TV no dia (21/06/09) onde dois atores (artistas) do Programa Pânico faziam a cobertura do Mossoró Cidade Junina, onde irreverências, brincadeiras, etc. se tornaram a tônica do programa, que por sinal é bem visto nacionalmente, chegando inclusive a liderar a audiência aos domingos (horário de pico). Essa matéria que me fez refletir um pouco sobre patriotismo, talvez seja por isso que os americanos sejam os mais respeitados do mundo. Talvez seja por isso que Mossoró, a 2ª cidade do RN esteja entre as cidades que mais crescem no Brasil, cidade que expulsou Lampião, mas que soube também que só há um caminho para o progresso, e em qualquer nação que se preze a educação tem sido o pilar principal para o desenvolvimento, e Mossoró e seu povo fez o correto, as universidades vieram, qualificaram, instruíram seu povo e logo em seguida o progresso veio por gravidade, e tem sido sempre assim, a união de todos em prol de Mossoró. Mais uma vez Mossoró relembra os bravos homens que habitavam a cidade em 1927, quando todos unidos disseram não ao bando de Lampião, desta vez foram mais longe, mudaram a programação da 5ª maior rede de TV do Brasil, a Rede TV, impediram o reprise de parte do programa Pânico da sexta à noite, e ainda trouxeram a equipe do programa Ritmo Brasil da mesma emissora, para gravar um programa inteiro sobre Mossoró, e exibido domingo, onde foi mostrado todas as suas potencialidades, e não parou por ai, no Programa Pânico do último domingo (28/06/09) o apresentador pediu desculpas a Mossoró, e ainda exibiu um clipe onde os mossoroenses das mais diversas camadas sociais desmoralizaram até com palavras de baixo escalão os dois atores e o próprio programa que fizeram a matéria sobre Mossoró Cidade Junina.

É, mas isso só foi possível graças a união de seu povo, que defende sua terra com unhas e dentes, graças ao seu patriotismo. Diferente daqui, Apodi, considerada por muitos a cidade do Já Teve e agora do Quase Já Teve, como o recente resultado final da UFERSA, que após 3 anos de luta de um grupo de guerreiros das mais variadas classes sociais, provocamos a discussão e chamamos a classe política do nosso estado que se comprometeu com Apodi, mas foi na calada da noite, às escondidas, que tudo não passou de um sonho, e nossos filhos terão que passar pelo mesmo caminho e sofrimento daqueles que tiveram coragem e sonhavam com dias melhores e enfrentaram os bancos das universidades.

Então, toda vez que leio ou escuto a palavra patriotismo lembro dos americanos, e por que não de Mossoró, pois, aqui, quando descobrimos a traição dos seis parlamentares federais, que se comprometeram em praça pública que a UFERSA era de Apodi, o que não aconteceu, alguns apodienses que amam essa terra acima de qualquer bandeira política, que são livres e independentes, tiveram a coragem de sair às ruas para mostrar a população, e fazer com que a mesma possa refletir sobre a atitude desses parlamentares e se eles realmente são dignos de nos representar. Éramos poucos, e fomos muito criticados, inclusive em emissoras de rádios, talvez muitos desses que nos criticaram, tenham achado a nossa ação verdadeira e correta, mas não são livres como nós, para dizer o que acha e pensa de forma explícita, pois o poder de barganha lhe compromete, mesmo assim, respeito suas críticas, pois, dizem que vivemos em um país democrático, mais tenho a plena certeza que se esse episódio tivesse ocorrido em Mossoró o PATRIOTISMO teria falado mais alto. Afinal, patriotismo pode não ser cultura, mas pode gerar progresso e desenvolvimento.

Jeone Morais

REFLITA

“Maior que a tristeza de não ter vencido, é a vergonha de não ter lutado.” – autor desconhecido.