terça-feira, 30 de junho de 2009

[leia] Demora na definição de candidatura desgasta relação de Wilma com seus governadoráveis

A insatisfação do presidente da Assembleia Legislativa (AL), Robinson Faria (PMN), com o tratamento que vem recebendo do Governo do Estado, no que diz respeito às eleições de 2010, pode gerar uma cisão no sistema governista. Robinson, que já conversa com partidos de oposição sobre a formação de alianças políticas, reclama de desvantagem, no governo Wilma, para a viabilização de sua candidatura. Mas não é só o deputado que está insatisfeito com o governo. A falta de definição da base para apoiar um dos candidatos provoca descontentamento geral.

Os outros três governadoráveis da base wilmista - o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), o deputado federal João Maia (PR) e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves - também não estão satisfeitos com o espaço que têm no sistema político comandado pela governadora.

Em entrevista ao CORREIO DA TARDE, Iberê e João Maia também demonstraram que não estão satisfeitos com a indefinição para a escolha do candidato da base governista. O vice-governador reclamou do abandono de sua candidatura, por parte do PSB. Já João Maia disse que vai discutir seu projeto de governo com todos os partidos, inclusive da oposição.

O terceiro, Carlos Eduardo, é o que deve estar mais chateado com a chefe do executivo estadual, que, nas entrevistas que deu sobre as eleições de 2010, "esqueceu" do pedetista como um dos pré-candidatos ao governo que disputam o apoio dela. O "esquecimento" de Wilma pode provocar a ida de Carlos para a oposição, apesar de ele pretender ser candidato pela base de Lula.

O descontentamento dos pré-candidatos é, implicitamente, a cobrança de definição, da governadora, para colocar um fim nas especulações. A declaração de Robinson de que Iberê tem a estrutura do governo para trabalhar sua candidatura, publicada no último sábado neste vespertino, estão em contramão do que disse o vice-governador, que ver seus "oponentes" em destaque por terem o apoio declarado dos membros de seus respectivos partidos.

É perceptível que os três considerados governadoráveis por Wilma sempre argumentam que estão em desvantagem de um para o outro. Robinson, que teve sua bandeira de campanha amparada por Wilma, o cidadão sem fome, começa a reclamar de falta de espaço no governo. Iberê, de apoio no partido. E João Maia já critica a administração estadual. A governadora precisa interferir nessa situação com urgência, se quiser que sua base permaneça unida.

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