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Buscas vão se aproximando do Airbus
Depois de uma longa agonia em que não se tinha notícia de qualquer vestígio do Airbus da Air France que desapareceu no meio do Oceano Atlântico, a Aeronáutica informou que seus aviões de busca localizaram, na madrugada de hoje, uma poltrona de avião, uma boia e manchas de óleo querosene a 650 km a nordeste da ilha de Fernando de Noronha, ainda numa área sob responsabilidade do Brasil. No entanto, não se confirmou ainda que os destroços pertençam ao Airbus – para tanto, é preciso encontrar alguma peça que contenha o prefixo do avião, o que só é mais provável de ocorrer quando os navios da Marinha chegarem ao local, amanhã, como informa a Folha Online. Se a esperança de sobreviventes ainda é mínima, pelo menos já se sabe, com alguma precisão, onde o avião caiu.
Raio, bomba… o que ocorreu com o Airbus?
Quase todos os jornais, tanto daqui quanto da França, classificam como “mistério” o acidente com o voo 447. E a falta de informações mais claras deu abertura para a defesa de diversas hipóteses: a principal foi a de que um raio teria atingido a aeronave e provocado a pane elétrica, reportada automaticamente à Air France. O mau tempo naquela região, no horário em que o Airbus passava, foi confirmado com um mapa meteorológico do Inpe, como mostra uma reportagem de ÉPOCA. Mas isso não implica dizer que só um eventual raio pudesse derrubar o avião – o próprio governo francês já descartou o raio como principal causa. E até a hipótese de bomba foi ventilada na imprensa francesa, como o Le Figaro, que citou, em anonimato, um piloto da Air France. Parece muita coincidência o avião ter sumido dos radares justo no meio de uma tempestade, o que torna pouco provável uma ideia de atentado, mas a tese do raio ainda carece de sustentação. Por enquanto, como noticiam os periódicos, segue o “mistério”.
A reação de Lula e Sarkozy
O Globo traz uma reportagem nesta terça-feira em que compara as reações dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, diante da tragédia. Lula, que estava em El Salvador quando foi informado do acidente, decidiu manter sua agenda na posse do novo presidente, Maurício Funes, ao passo que Sarkozy seguiu para o aeroporto Charles de Gaulle, onde conversou com familiares das vítimas. Teria sido Lula insensível com a situação? Não é o que parece. O presidente enviou seu vice, José Alencar, ao Rio de Janeiro, telefonou para Sarkozy e manifestou sua solidariedade. Até poderia cancelar seus compromissos na América Central e voltar para o Brasil, mas em quê, falando em termos práticos, ele poderia ajudar? Ao ser comparado com Sarkozy, Lula decidiu correr o risco de ser tachado de omisso.
Nacionalidade de passageiros mostra importância do Brasil, diz WSJ
A lista oficial com os nomes dos passageiros do voo 447 não saiu, mas a divulgação de alguns dos que embarcaram – confirmada pelos familiares – e também das nacionalidades dos 228 a bordo chamou a atenção do The Wall Street Journal. O jornal americano diz que a relação de passageiros, quando oficializada, será “um trágico testamento da crescente importância do Brasil nos negócios globais”. Segundo o WSJ, o voo levava executivos de empresas de ponta, que geralmente ocupavam a classe executiva e a primeira classe desse voo transatlântico. E cita a presença, já confirmada pelas próprias companhias, de diretores da francesa Michelin e da alemã Thyssen Krupp, além de funcionários da Petrobras e da Vale. E não esquece de mencionar a presença da “elite brasileira”, representada por Pedro Luís de Orleans e Bragança, quarto na linha sucessória da família real.
CNT/Sensus: 26% dos eleitores desconhecem Dilma
A informação acima, divulgada ontem por uma pesquisa CNT/Sensus, pode parecer ruim párea a ministra-chefe da Casa Civil, se comparados com os apenas 3,7% que não sabem quem é o governador paulista José Serra (PSDB), como informa o portal G1. Mas há, na política, uma aposta de que um candidato cujo índice de desconhecimento é alto pode crescer muito nas pesquisas. É o caso de Dilma, dado o poderoso cabo eleitoral dela (o presidente Lula). O que deve ter deixado os petistas mais ressabiados foi a alta taxa de rejeição da candidata (32,4%), ante 25,9% de Serra.
MP denuncia executivos da Camargo Corrêa por fraude
Também encoberta por outros escândalos, a Operação Castelo de Areia, que investiga superfaturamentos de obras públicos e doações ilegais a partidos políticos, segue seu curso. E o Ministério Público Federal denunciou à Justiça quatro executivos e duas secretárias da Camargo Corrêa pela suposta prática de crimes financeiros, além de quatro doleiros e um empresário. “A estimativa da Procuradoria da República é de que os acusados tenham movimentado ilegalmente pelo menos US$ 16 milhões nos últimos anos”, diz a Folha (para assinantes). Segundo a Procuradoria, foi montado um esquema de importação simulada de software, o que serviu para justificar a transferência irregular de valores entre a Camargo e mais quatro empresas. Ou seja, ainda há muita coisa para se derrubar no Castelo de Areia.
Só 2,7% são favoráveis às cotas, diz pesquisa do Senado
Uma enquete no site do Senado, que até ontem registrava mais de 357 mil votos, mostrava que apenas 2,7% dos participantes são favoráveis às cotas raciais em universidades públicas. De acordo com a pesquisa (que não tem valor científico, diga-se), 45% são contra a reserva de vagas, e a maioria (52%) defende as cotas sociais, em que o ingresso no ensino superior é condicionado à situação sócio-econômica dos candidatos. O Globo lembra que, provavelmente nesta semana, o Senado vota o projeto de lei que prevê 50% das vagas nas universidades federais para alunos egressos de escolas públicas, com uma subcota racial para autodeclarados negros, pardos e indígenas. A relatora da proposta, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que é favorável às cotas, desqualificou o levantamento feito no site da Casa.
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