[leia] Crise? Não é comigo
É difícil tirar alguma coisa positiva do discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), feito ontem no plenário da Casa. Teoricamente, Sarney deveria dar explicações sobre o que fazer diante de mais um escândalo, que envolvia a nomeação de sobrinhas do senador e de uma filha de um apadrinhado político. E o que disse Sarney? “A crise é do Senado, não é minha.” Ele voltou a insinuar que haveria interesses escusos para enfraquecer a instituição e ainda saiu-se com esta: “É uma injustiça do País julgar um homem como eu, com tantos anos de vida pública, com a correção que tenho de vida austera, de família bem composta.” Não era sabido que “família bem composta” e “tantos anos de vida pública” são impeditivos de julgar alguém por qualquer coisa. Como bem definiu Paulo Moreira Leite, blogueiro do site de ÉPOCA: “Presidente da instituição, Sarney discursou como se ela tivesse vida própria. Sarney adora colocar-se na posição de vítima. É um traço psicológico e histórico.” Querendo Sarney ou não, o Ministério Público Federal abriu inquérito civil para investigar os vergonhosos atos secretos do Senado – mesmo Sarney tendo dito que não os conhecia.
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Isso é Brasilllllllllll
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