quinta-feira, 7 de novembro de 2013

[leia] ONU afirma que Brasil é líder no combate à Aids

Unaids considera novo protocolo brasileiro pioneiro na luta contra a doença, com oferta de tratamento independente do estágio.

O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos recebeu elogios do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS). "O Brasil vai além da recomendação atual da Organização Mundial da Saúde", afirmou Georgiana Braga-Orillard, coordenadora do Unaids no Brasil. "Novamente o Brasil prova sua liderança na luta contra a Aids", diz ela.

Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que os países oferecessem tratamento a pacientes com Aids que apresentassem contagem de linfócitos CD4 acima de 500 células/mm³. A contagem destas células de defesa do organismo serve de referencial para avaliar o funcionamento do sistema imunológico dos pacientes.

Entre os avanços do novo protocolo está a previsão de início do tratamento tão logo seja confirmada a presença do vírus HIV no organismo. A expectativa é de que, com a medida, 100 mil novos pacientes sejam incorporados. Vários estudos demonstram que o uso precoce de antirretrovirais reduz em 96% a taxa de transmissão do HIV.

“Estamos retomando uma posição de vanguarda na resposta à epidemia de aids no mundo. Atualmente apenas dois países – Estados Unidos e França – recomendam o início precoce do tratamento”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.


O Brasil registra em média cerca de 38 mil novos casos de aids por ano. Desde os anos 80, já foram notificados 656 mil casos. Estima-se que atualmente cerca de 700 mil pessoas vivam com HIV e aids no país. Dessas, em torno de 150 mil não sabem de sua condição sorológica. Para acessar essas pessoas, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação do acesso à testagem por meio do projeto de mobilização Fique Sabendo, que incentiva e promove a realização do teste de aids, conscientizando a população sobre a importância da realização do exame.

Atualmente, no País, 345 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) disponibilizam o teste rápido anti-HIV, além de oferecer aconselhamento sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida, além das maternidades publicas e dos serviços especializados. Cerca de 60% das Unidades Básicas de Saúde (UBS) também oferecem o teste rápido.

Com a mesma confiabilidade do tradicional, o teste rápido exige apenas uma gota de sangue do paciente e fica pronto em cerca de 30 minutos. O exame é 100% nacional desde 2008, produzido pela Biomanguinhos/Fiocruz e pela Universidade Federal do Espírito Santo. Foram disponibilizados em 2012 cerca de 3,7 milhões de testes rápidos anti-HIV no país. Em 2005, esse número era de 500 mil testes de HIV, o que representa mais de 300% de aumento na testagem.

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