terça-feira, 17 de abril de 2012

[leia] E a Presidente Dilma, assinou ou não assinou a Ordem de Serviço?


Brasília/Apodi - Foi numa sexta-feira 13 que a presidente Dilma Rousseff assinou a ordem de serviço para fazer o Distrito Irrigado da Chapada do Apodi sem modificações, contrariando as intenções dos movimentos sociais da região, que queriam algo voltado à agroecologia. A informação da assinatura da ordem de serviço foi passada, via Twitter, pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, do PMDB. "Agora é começar já", empolga-se o deputado.


O projeto de desapropriação e instalação do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi está orçado em R$ 280 milhões. Inicialmente, prevê produção irrigada numa área de 5,2 mil hectares, com água da Barragem de Santa Cruz, que armazena até 600 milhões de metros cúbicos de água. Para levar água para a chapada, será necessário construir estrutura de alvenaria para elevar a água 60 metros e distribuí-la em canais, como é feito nos distritos irrigados do Ceará.

Apesar da grandiosidade do investimento e do possível benefício, os movimentos sociais, tendo à frente os sindicatos, são contra o projeto nos moldes propostos pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS). Dizem que neste modelo vai beneficiar somente o agronegócio, que usa agrotóxico em suas produções em grande escala. Alegam que se passar a usar agrotóxico na chapada, vai prejudicar diretamente a produção de mel de abelha no município, uma das maiores do país.

Outro argumento usado pelos movimentos sociais é que a barragem de Santa Cruz não tem vazão suficiente para atender a demanda de consumo do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi. Outro argumento dos pequenos agricultores contrários ao investimento beneficiando o agronegócio é que o custo de energia seria muito alto, inviabilizando-o. Mostram como exemplo o fracasso de dezenas de distritos irrigados feitos na região Nordeste.

Os pequenos produtores rurais de Apodi, segundo os sindicatos em notas divulgadas na imprensa, defendem que o projeto tome como modelo a estrutura existente em Alagoas, que produz sem agrotóxico. Entretanto, segundo Henrique Alves, a ordem de serviço foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e não houve mudança no projeto. Disse que foi discutido com os moradores de Apodi, que foi aprovado por Lula e agora é começar. 

A estudante Kelly Regina perguntou ao deputado sobre os prejuízos ambientais com o uso de agrotóxico e a exigência dos movimentos sociais para mudar o projeto pela estudante. Henrique Alves respondeu: "Atenciosamente para sua melhor informação: é o mesmo projeto de antes, aprovado pelo presidente Lula. Vitória de todo o Rio Grande do Norte". Respondendo ao policial militar Genivan Sousa, o deputado explicou que "o projeto foi debatido, inclusive aí em Apodi e com todas as autoridades e agricultores".

O curioso é que na Superintendência do Dnocs em Fortaleza (CE) e na sede do órgão em Natal não havia qualquer informação a respeito da ordem de serviço para fazer o Distrito Irrigado da Chapada do Apodi. O assessor de comunicação da superintendência em Fortaleza pediu ao DE FATO para contactar a diretoria do Dnocs em Natal. O diretor Eduardo Wanderley disse, inclusive, que na semana passada esteve em Brasília (DF) e lá não soube qualquer informação sobre essa ordem de serviço. Mas admitiu a possibilidade de a informação ainda se encontrar no Ministério da Integração Nacional, ao qual o Dnocs é subordinado.
Fonte: Jornal de Fato

5 Comentários:

Anônimo disse...

por isso que Apodi não crece pessoas ligados a sindicatos rurais não querem porque vão perder a mamadinha, vão ficar sem recursos,pois todos agricultores não vão precisar deles.vão ter seu proprios negocios, ai tchau. edilson. olhe o exemplo do vale do jaguaribe,vale do assu.será que la não tem agrotoxico

Marcos pinto disse...

Segundo fontes credenciadas com livre trânsito nos bastidores do DNOCS, o inconcebível e esdrúxulo projeto de irrigação da CHAPADA DO APODÍ teve o mesmo desvirtuamento quanto ao constatado superfaturamento no similar projeto de RUSSAS-CE. Ademais, o Henrique está faltando com a verdade quando afirma que a Presidenta-Guerrilheira havia assinado a autorização para o início das insanas obras do tal projeto de irrigação do Apodi. Conforme um jornalista mossoroense que entrou em contato com o DNOCS em Fortaleza e em Natal, não consta nenhuma autorização da Presidenta para o início de tão afrontoso projeto. Não acredito que a DILMAIS vá trucidar os sonhos e a luta pela sobrevivência dos humildes proprietários da Chapada, que dalí retiram suas condições para mantença alimentícia de suas famílias. A DILMAIS tem mais é que proporcionar meios para ajudar a fixar o homem em suas terras, continuando uma luta na agricultura familiar oriunda de seus avós e bisavós. Tenho certeza que o grande e atuante Presidente EDILSON NETO vai continuar sua luta para evitar essa afronta aos humildes agricultores da Chapada. Tenho dito.

Anônimo disse...

Certamente, quem ganhará e muito com isso não são os pobres,Pra esse interesse todo do dep Henrique. Deve favercer e muitos aos deles.

GERALDO disse...

PRA FALAR DO DNOCS É FACIL, APOSTO QUE ESSA OBRA NAO SAI NEM METADE. TEMOS UM PROJETO EM APODI DO DNOCS QUE NAO FOI ENTREGUE PELA EMPRESA DO CEARA. UM PROJETO EM GAIOLAS E JA FOI ATE COLOCADO NA PROCURADORIA.
A CREDIBILIDADE DESSE ORGÃO TEM O SEU LIMITE QUE TENDE A ZERO.

Anônimo disse...

Apodi, o choro das famílias que moram na chapada de Apodi é que deixem em suas casa. Entendam de uma vês por todas que o povo da chapada QUER O PORJETO, mas que não tirem os mesmos das suas moradias para descer a chapa de Apodi rumo a cidade citada com os sonhos chicotados pelo poder agora imperante do monetarismo. Não se iludam com o porvir, quem conhece a fundo os projetos similares abeira da morte certamente concretizam os FATOS que em meio a angustiante situação venho a tecer nesse jornal.

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