segunda-feira, 14 de junho de 2010

[leia] O poder da juventude

"Quando eu vi pela primeira vez uma entrevista com o candidato a Senador, Sávio Hackradt, confesso: por foto, pensei que se tratasse de mais um daqueles políticos tradicionais, conservadores. No entanto, merecia credibilidade, já que ninguém se candidata por um partido como o comunista reproduzindo esse tipo de prática. Em vários outros, mas não no PCdoB.

Ao ler a entrevista, palavra por palavra, convenci-me de que o Rio Grande do Norte tem uma sorte e um azar danados. Sorte por ter um cara como Sávio, debatendo propostas para o Estado, com o conhecimento de quem sabe resolver os nossos grandes entraves de desenvolvimento, de geração de emprego e de renda e que conhece a realidade dos municípios e do nosso povo como poucos. Azar por ter alguns candidatos cujo trunfo eleitoral seja a presença no aniversário da prefeita A, do deputado B ou mesmo de obras que são fruto da pressão popular, mas que velhos conhecidos, com suas antigas artimanhas, apresentam como deles.

Há pouco tempo, eu li o comentário feito por alguém de que se o RN tiver tempo de conhecer Sávio Hackradt, os três ex-governadores terão muito trabalho para disputar a última cadeira do Senado Federal. Foi um comentário acertado. É raro ver o entusiasmo e o brilho no olhar de alguém que, mesmo numa disputa que muitos diriam perdida, percorre o Estado, anima a militância e faz – a todos nós – acreditar que é possível construir uma fantástica vitória.

Não é novidade para ninguém o tamanho do nosso atraso econômico e social. A política em muitas cidades do Rio Grande do Norte é moeda de troca para o voto ou para a ocupação das funções públicas. Nós somos tratados não como eleitores, mas como a cidade de político A ou político B, que definem até quem entra e quem faz campanha em determinados espaços. É a política dos grupos e das famílias que há décadas mandam e desmandam por aqui. Somos enganados há muito tempo. O povo precisa saber quem são os responsáveis por nosso desenvolvimento pífio, pelo pouco aproveitamento das potencialidades econômicas das diversas regiões e pela aguda miséria existente no Rio Grande do Norte.

Nosso estado não é aquele apresentado na televisão. É o espaço cotidiano de milhões de homens e mulheres, que são, muitas vezes, enganados por falsas promessas a cada dois anos. Há também aquelas mentiras contadas todos os dias por quem usa de um espaço de interesse público – a televisão – para difundir interesses e valores privados. Nem aí somos respeitados por parlamentares-apresentadores de TV cujo discurso nem de longe parecem ser deles quando feitos nas câmaras municipais e no legislativo estadual.

Poderia dizer, com toda propriedade, que Sávio representa a essência do povo potiguar, com sua humildade, inteligência, disposição e ânimo diante de uma enorme disparidade material de campanhas. Mas não é somente isso. O que está em jogo é muito maior do que a capacidade pessoal de cada candidato; é a perspectiva de nosso estado avançar elegendo um Senador afinado com as causas mais justas do povo e com a política feita com democracia.

Conte conosco, Sávio. Nós vamos eleger o povo para o Senado".

Ramon Alves
Servidor público e membro da direção estadual da União da Juventude Socialista/RN.

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