[leia] PCdoB acompanhará Carlos Eduardo nessas eleições
O pré-candidato a senador Sávio Hackradt levantou a possibilidade do Partido Comunista do Brasil (PC do B) apoiar a pré-candidatura do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) ao Governo do Estado no pleito de outubro.
Em visita à Redação da GAZETA DO OESTE, Hackradt lembra que durante a gestão de Carlos Eduardo o PC do B ocupou importantes espaços. "Nós temos uma afinidade natural com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves por uma questão bem simples: no governo dele, o PC do B ocupava as secretarias de Saúde e Educação que, juntas representam quase 50% do orçamento da prefeitura", explicou.
Ele fez questão de dizer que o PC do B pertence à base do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o grande desejo da legenda é que a base marche unida no Rio Grande do Norte.
"Nós não excluímos ninguém. É possível unir essa base? Se for, ótimo. Se não for possível podem surgir duas candidaturas, alias o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves disse à imprensa de Natal que apesar de ter sido convidado para ser um dos coordenadores da campanha de Iberê Ferreira de Souza, achava que tem de se levar em consideração a candidatura do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte", assinalou.
O pré-candidato disse que vê com tranquilidade o fato de ter que disputar o cargo com três ex-governadores do Estado. Sávio disse que é um equívoco pensar que somente ex-chefes do Poder Executivo é que podem concorrer a um assento no Senado da República.
"O Senado não é casa de repouso para ex-governador de Estado. Criou-se uma falácia aqui no Rio Grande do Norte que o Senado da República é um direito único de exclusivo de ex-governadores", afirmou o comunista lembrando que apenas no final da década de 70 que Agenor Maria foi eleito senador sem ter ocupado o Governo do Estado.
"De lá para cá estão forçando essa tese. Se fosse assim não haveria necessidade de se ter eleição", acrescentou Sávio.Ele afirmou que o momento político em nível de Brasil se mostra completamente diferente do que acontecia no século passado.
Mas, mesmo assim, constata Sávio Hackradt, no Rio Grande do Norte ainda é comum encontrar práticas políticas que se assemelham com o que ocorria na década de 50 com os antigos "currais eleitorais".
Ele fez questão de dizer que se sente orgulhoso de pertencer ao PC do B. "Estar em um partido pequeno me dá extrema liberdade de não estar amarrado com as grandes estruturas tradicionais.
Nós não temos compromissos com eles. Nós temos compromissos com a sociedade. Nós queremos discutir qual é o papel do senador o que eles podem contribuir com o nosso futuro", destacou.
Sávio Hackradt entende que o modelo adotado pelo Senado nos Estados Unidos da América deveria ser utilizado também no Brasil. Ele explica que nos EUA, os senadores discutem as grandes questões internacionais, mas também discutem as questões nacionais que merecem ser debatidas.
"Hoje, o Brasil é um protagonista internacional. Nenhum de nós, nenhum cientista político ou economista há cinco anos previa que o Brasil estivesse nas grandes mesas de negociações e está.
Isso vai obrigar o nosso Senado a discutir as grandes questões mundiais. As decisões que são tomadas nas grandes mesas de negociação mundial têm reflexo em Mossoró, em Natal, em Riacho da Cruz, em Touros porque o mundo hoje não tem mais fronteiras. Quem não entender que o mundo vive um processo de mudança profunda e o Brasil acompanhou isso, mas o Rio Grande do Norte não porque ainda continua no século passado", observou o pré-candidato.
O comunista disse que a base política do Estado é resquício do século passado. "Todos os nomes que estão aí são de origem em 1950, aliás, o Rio Grande do Norte não tem líderes. Acabaram-se todos os líderes do Estado.
Os grandes líderes do Estado estão no século passado. Um está no Cemitério Morada da Paz em Natal, que é Aluízio Alves e o outro está no Cemitério de Caicó, que é Dinarte Mariz", afirmou Sávio Hackradt.
Fonte: Jornal Gazeta do Oeste.
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