[leia] Carlos Eduardo Alves desmente adesão à candidatura de Iberê
Carlos Eduardo garante que se mantém candidato ao Governo do Estado nas eleições deste ano
por Allan Darlyson
Apesar de auxiliares da governadora Wilma de Faria (PSB) darem como certa a adesão do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), à candidatura do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), na disputa pela sucessão estadual, o pedetista nega qualquer aproximação política com o candidato governista. Carlos reafirma que será candidato a governador, apesar de não ter conseguido reunir apoios políticos que viabilizem sua candidatura.
A auxiliar da governadora, Fátima Morais, disse a jornalistas que o ex-prefeito estava próximo de firmar acordo com a base governista para ser vice de Iberê nas próximas eleições. No entanto, Carlos Eduardo disse que não conversa sobre política com o vice-governador há mais de dois meses. O pedetista também reforçou, em declarações à imprensa local, que seu partido não faz parte do sistema governista.
Com a desistência dos deputados estadual Robinson Faria (PMN) e federal João Maia (PR) de disputar o governo por uma terceira via, Carlos Eduardo pretende ocupar esse espaço. Companheiro de Wilma, em 2002, quando a governadora venceu a eleição por uma terceira via, o pedetista acredita que seu projeto político pode ser viabilizado. O PDT tem dificuldades tanto de se aliar ao governo quanto de apoiar a oposição.
O partido é um dos integrantes do grupo de oposição ao governo do Estado, que será representado por Iberê na sucessão estadual, e possui uma ligação sólida com o governo federal, o que dificulta uma aproximação com os Democratas do Rio Grande do Norte, que terá como candidata ao governo a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
Além disso, as ideias dos próprios membros da legenda se conflitam. Enquanto o deputado estadual Álvaro Dias e a vereadora Sargento Regina - presidente municipal do partido - têm mais simpatia pela oposição, Carlos Eduardo - presidente estadual da legenda - possui afinidades com os governistas. Para seguir um dos dois caminhos, seria inevitável um embate interno.
Com as dificuldades de composição que o PDT tem tanto com o governo quanto com a oposição, a candidatura própria ao governo deixa de ser uma opção e para se tornar uma das poucas alternativas viáveis para o partido no pleito eleitoral que se aproxima. O desafio da sigla será conseguir apoios políticos que sustentem a candidatura de Carlos.
Até agora, as principais siglas no estado estão divididas entre as candidaturas de Rosalba e Iberê. Até as legendas mais simpáticas ao nome de Carlos Eduardo, como PT e PC do B, já estão ligadas ao projeto político de Iberê. A articulação dos aliados governistas de Carlos é para que ele seja o vice do candidato de Wilma. Entretanto, esse não é o desejo do partido.
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