[leia] Alta segurança
O governo contratou a gráfica RR Donnelley Moore, sem licitação, para imprimir as novas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Ministério da Educação vai desembolsar R$ 31,9 milhões pelos serviços de impressão, embalagem e rotulagem das provas. Depois, os Correios farão a distribuição para os mais de 1,8 mil municípios onde será aplicado o exame. Segundo O Globo, a gráfica foi escolhida depois de indicações de alta segurança do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG). O Enem, que a partir deste ano passa a valer como seleção única de ingresso na maioria das universidades federais, foi adiado para os dias 5 e 6 de dezembro depois que as questões da prova vazaram na gráfica. Ontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad, foi ao Congresso falar sobre o vazamento e confirmou que está sendo feita uma auditoria no Inep, o instituto ligado ao MEC que cuida do Enem, para apurar a responsabilidade de servidores do órgão no caso. Isso porque o local de manuseio dos exemplares das provas foi mudado sem o aval do governo, segundo Haddad. O plano logístico entregue ao Inep pelo consórcio Connasel, contratado para fazer a logística e a segurança da prova, previa manuseio no Rio de Janeiro. No entanto, as provas que seriam aplicadas em São Paulo foram manuseadas na gráfica Plural, onde ocorreu o vazamento. A Folha (para assinantes) tentou falar com o Connasel, sem sucesso.
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