[leia] “Entre eu e vós”
Em um caminho de espinhos e sofrido
Num lago reluzente e encantado
Pela estrada da solidão e do gemido
Na triste figura caminho agora desolado.
Cercado de uma selva de concreto
Estava ela, linda e sozinha, parecendo me chamar
Ao sentir sua beleza e seu perfume mais de perto
Coberto de medo e frio se enfureceu o mar.
O tempo sem ti agora tortura quando passa
Nua ficou sua lembrança em minha mente
Mais pareço um caçador sem sua caça
Ou escolhi a pessoa errada entre tanta gente
Naquele local longe de tudo que se possa imaginar
Onde viviamos um amor que até os anjos vieram sentir.
Entre a solidão e o tempo que apenas teimava em não passar
Um vento saiu duma nuvem, gelando aquela que deixei partir.
Enquanto ouvia a música dos vácuos que compõem o universo,
Assustei-me com um vento gélido que saiu duma nuvem, eu confesso.
Temi cravar meu amor num sepulcro quando os anjos vieram nos invejar
E quase me aborreci esquecendo a mulher que eu não soube amar!
Bruno Coriolano
Quinta-feira, 13 de agosto de 2009,
23h52m. Mossoró-RN.
Feita, exclusivamente a pedidos, para o espetáculo “entre eu e nós”.
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