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Os atos intencionalmente secretos do Senado
A manchete da Folha de S. Paulo (para assinantes) de hoje revela um aspecto sobre os atos secretos do Senado que muitos já suspeitavam. Segundo o chefe do serviço de publicação do boletim de pessoal do Senado, Franklin Albuquerque Paes Landim, não houve “erro técnico”, mas sim uma prática recorrente e deliberada de esconder do público várias decisões da Casa. De acordo com Landim, o esquema era comandado pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia e pelo ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, que chegaram a esconder alguns atos “por anos”. O triste relato mostra a total falta de compromisso com a transparência que emana do Senado, e o pior é que uma alteração dessa postura, na atual conjuntura, só pode partir dos próprios senadores. Não vai ser fácil mudar a situação.
Em Fortaleza, Dilma e Ciro trocam elogios
O Estadão faz hoje um relato bastante vívido da troca de elogios entre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), ocorrida ontem. Em Fortaleza, a ministra, que deve disputar a Presidência como candidata do governo, disse que o Ciro é “um homem leal e de coragem” e afirmou que “se puder escolher”, quer Ciro ao seu lado”. Por sua vez, o deputado, em São Paulo, desconversou sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado (ele é de Pindamonhangaba, no interior), mas não deixou de elogiar Dilma, “uma pessoa extraordinária, minha companheira e amiga”. Elogios assim não são comuns na política. Ao que parece, as chances de uma chapa Dilma-Ciro em 2010 são muito grandes.
Genoino tenta dar fim à proposta de 3º mandato
O deputado José Genoino (PT-SP) começou ontem a dar um fim à bizarra proposta do terceiro mandato presidencial apresentada pelo colega Jackson Barreto (PMDB-SE), e referendada por 176 deputados. Genoino alegou que a medida é inconstitucional - como lembra a Folha (para assinantes), o mesmo argumento usado pelo deputado em 1997, quando a reeleição de Fernando Henrique Cardoso acabou possibilitada. Se houver um mínimo de racionalidade no pensamento dos membros da Comissão de Constituição e Justiça, o projeto cai ali mesmo. Qualquer resultado diferente pode ser o início de um caminho dramático na ainda jovem democracia brasileira.
Processo contra Palocci é arquivado pelo Supremo
O Supremo Tribunal Federal arquivou ontem o processo conhecido como “mensalinho”, no qual o ex-ministro Antonio Palocci (PT), hoje deputado federal, era acusado de ter cometido irregularidades em contratos de limpeza urbana. De acordo com o Estadão, o que mais pesou na decisão dos ministros do STF foi o posicionamento do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, segundo o qual as provas conseguidas até aqui não são suficientes para garantir a participação de Palocci no esquema.
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