sexta-feira, 5 de junho de 2009

[leia] Curtas

E agora, Jobim?

A informação de que os primeiros destroços recolhidos pela Aeronáutica em alto-mar não pertenciam ao Airbus da Air France e a mancha de suposto querosene era óleo de navio frustrou os que esperavam um avanço nas investigações e principalmente complicou a imagem do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na véspera, ele dissera categoricamente que todos os objetos avistados eram do avião e que, pela extensão da mancha, estava descartada a hipótese de que a aeronave se desintegrara em pleno voo, causando uma explosão. Diante do desmentido da Aeronáutica, o ministro ficou numa situação desconfortável. Ontem, segundo o Estadão, “alegou problemas de saúde e não apareceu”. O jornal também cita a reação negativa das autoridades e mídia francesas diante da precipitação do “ministro-perito”. O ministro francês dos Transportes, Jean-Loius Borloo, cobrou prudência em declarações públicas. “Na emissora de TV TF1, a mais importante rede da França, Jobim foi chamado de ‘bavard’, que em francês significa ‘indiscreto’ ou ‘falador’. Na concorrente France 2, uma reportagem afirmou que ‘a França é mais prudente antes de falar’”. Pegou mal. No fim, como resume O Globo, “após cinco dias, há mais dúvidas que explicações sobre o desaparecimento do Airbus”.

Meio ambiente
Madeireiros e fazendeiros são culpados por desmatamento

No Dia Mundial do meio Ambiente, a Folha (para assinantes) publica um caderno especial sobre o assunto e divulga uma pesquisa do Datafolha segundo a qual quase 70% dos brasileiros culpam fazendeiros e madeireiros pela devastação das florestas. Por sua vez, os supostos “vilões” culpam a imprensa e as ONGs pelo que chamam de “imagem distorcida”. Se esses dois atores da questão ambiental são mal avaliados, o governo e o Congresso não ficam atrás. Seis em cada dez entrevistados acreditam que o imobilismo do poder público também facilita o avanço dos índices de desmatamento. Até ONGs e índios aparecem com uma parcela de responsabilidade para 4 em cada 10 consultados. “Ter mais de um terço dos brasileiros atribuindo responsabilidade a eles significa uma irrestrita desconfiança da população”, diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.

Minc continua na corda bamba

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garante que está “firmíssimo” no cargo, mas sua língua ainda pode traí-lo. Ele não resistiu a provocar novamente os ruralistas. “Não vamos deixar essa turminha destruir nossos biomas”, disse, numa clara referência a seus oponentes. Mantendo seu histórico de frases de efeito, Minc afirmou que “querem tirar uma picanha do Carlinhos”. Segundo o Estadão, Minc relatou que, na conversa que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi orientado a discutir “contradições” no âmbito interno do governo. Parece que o gosto incorrigível de Minc pelos microfones o está impedindo de atender a recomendação do chefe. Com declarações que em nada ajudam a melhorar a tensa relação com o setor agrícola, Minc tem de ficar atento. Uma hora, a corda rompe para cima do “Carlinhos”.

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