[leia] Aumenta a pressão para abrir arquivos da ditadura

É o que diz a manchete de hoje do Estadão, que no domingo trouxe documentos guardados por 34 anos pelo oficial de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, sobre a Guerrilha do Araguaia - e a revelação, segundo Curió, de que 41 guerrilheiros foram executados depois de presos, contrariando a versão militar de que 67 foram mortos com armas na mão. “Tem um caminho a ser percorrido para encontrar os corpos e encerrar esse capítulo obscuro e violento do País”, afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro. Por sua vez, a Folha (para assinantes) informa que o Ministério Público Militar decidiu reabrir as investigações sobre os desaparecidos políticos durante o regime militar (1964-1985), baseado na tese do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, de que sequestros de pessoas não encontradas são crimes em andamento – ou seja, não prescreveram e não podem ser enquadrados na Lei de Anistia. Como se vê, ainda há muito coisa a ser desnudada sobre os episódios ocorridos no Araguaia e durante toda a ditadura.