quarta-feira, 13 de maio de 2009

[leia] Curtas

Um plano cosmético para reorganizar o Senado
Muito se esperava do estudo da FGV para racionalizar a estrutura administrativa do Senado, após o escândalo do inchaço das diretorias. Mas o que foi apresentado ontem decepcionou quem aguardava um corte significativo de despesas. Segundo O Globo, o foco do projeto é “rebaixar” alguns funcionários que tinham status de direção, mas sem alterar seus vencimentos. O Correio Braziliense (para cadastrados), que chama o plano de “cosmético”, diz que a proposta será usada pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) como argumento político para mostrar que está reagindo à crise administrativa. Mas há, sim, pontos positivos. O todo-poderoso cargo de diretor-geral, ocupado por Alexandre Gazzineo, passará a controlar apenas seis departamentos, e não mais 20 secretarias. E o estudo sugere a extinção de 187 dos atuais 630 cargos comissionados. O relatório receberá sugestões públicas por 30 dias. Caso sejam adotadas, as mudanças só devem começar a vigorar no segundo semestre.

Serra não cumpre 40% das metas de 2008
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não conseguiu 40% das metas estipuladas por sua gestão em 2008, no primeiro ano do Plano Plurianual, que determina o planejamento da gestão até 2011. Não chega a ser um resultado tão ruim numa visão geral (pois, enfim, 60% dos objetivos foram cumpridos), mas a Folha (para assinantes) mostra que o governo tucano teve desempenhos muito ruins em áreas sensíveis. A Secretaria da Administração Penitenciária, por exemplo, atingiu apenas 28,5% das metas. A ampliação da malha metroviária também deixou a desejar. Na primeira fase da Linha 4-Amarela do metrô paulistano, a previsão era concluir 47% das obras, mas menos da metade disso foi efetivamente feito. “Dentre as explicações gerais dadas pelo governo, estão mudanças de políticas, dificuldade de liberação de áreas para construções, morosidade em licitações e até a crise econômica”, diz o jornal.

Petista defende deputado que se lixa
O Globo mostra que o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) não está sozinho na luta de se manter como relator de um processo no Conselho de Ética da Câmara, mesmo após a descabida declaração de que está se lixando para a opinião pública. O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), diz não concordar com o “achincalhamento público” contra Moraes. “O estado democrático de direito e a democracia estabelecem imunidade parlamentar de opinião. Uma opinião errada de um deputado não pode ser o centro da decisão do Parlamento. Se regimentalmente houver (uma regra), ele pode ser substituído”, disse Vaccarezza. O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), diz que o colega de partido está certo em resistir. “Votem contra o parecer dele. É assim que as coisas funcionam na democracia.” E Moraes ainda faz deboche, dizendo que sua popularidade aumentou após a polêmica frase. “Sou aplaudido nas paradas de ônibus. O povo sabe quem sou. Vocês não imaginam que mão me deram com essas manchetes!” O conselho deve decidir hoje se ele fica ou não.

Oposição s rende ao Bolsa-Família, diz El País
O diário espanhol El País repercute um seminário do PSDB, na segunda-feira, em que o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), comentou sobre o Bolsa-Família. Segundo o jornal, Guerra relembrou que o programa foi uma adaptação de iniciativas já existentes no governo FHC, mas reconheceu que o Bolsa-Família ganhou “dimensão nacional” apenas com Lula e afirmou que o PSDB, se ganhar as eleições do ano que vem, vai aperfeiçoá-lo. “Não se falou das críticas anteriores feitas contra o Bolsa-Família, acusado de ser assistencialista. O próximo governo, se ganhar o PSDB, não irá contra os êxitos sociais de Lula”, diz a reportagem.

Encontro entre Ronaldo e Lula pode não ter sido inútil
O corintiano Lula se empolgou ontem com a visita de Ronaldo no escritório da Presidência da República em São Paulo e até bateu bola com o jogador. O presidente tenta esquecer as rusgas com o jogador, principalmente o episódio em que Lula questionou se Ronaldo não estava gordo e o jogador rebateu dizendo que isso era tanto mentira como os boatos de que o presidente “bebe para caramba”. Reverências à parte, o encontro de ontem pode resultar numa ação social importante. Segundo a Folha (para assinantes), que sabatina Ronaldo na sexta-feira, Lula pediu ao jogador que o ajude numa campanha nacional pela certidão de nascimento. Quem sabe, com a imagem do craque, não haja uma mobilização para acabar com uma das vergonhas brasileiras – o fato de que milhares de brasileiros não são registrados em regiões pobres ou isoladas do país, por variadas razões.

Recomeça a luta de José Alencar contra o câncer
O vice-presidente da República, José Alencar, foi informado que o câncer contra o qual luta desde 2006 voltou a reaparecer em 18 lesões espalhadas pelo intestino, pouco mais de três meses depois de passar por uma cirurgia em que retirou tumores do abdômen. Por enquanto, os médicos que o acompanham descartam um novo procedimento cirúrgico e avaliam qual tipo de quimioterapia é mais adequada. Ontem, ao Jornal Nacional, ele afirmou que não ficou surpreso com o diagnóstico. “Estou me sentindo bem. Eu não tenho nada. Estou bem. Eu não tenho nenhum sintoma. Eu não tenho dor nenhuma, não tenho nada. Os exames de sangue são perfeitos, todos.” Alencar dá aula de superação.

BB deve elevar em 30% o crédito à agricultura
Está no Valor Econômico (íntegra para assinantes): o Banco do Brasil pretender aumentar em 30% o volume de empréstimos para o agronegócio, às vésperas do início da próxima safra, que começa em julho. Até abril, o BB emprestou R$ 25 bilhões ao setor, que deve ter um período de recuperação de renda, apesar das ameaças da crise econômica. Os fatores positivos são os preços de commodities em alta, o dólar favorável e os custos de produção menores. Outra medida de estímulo à economia foi a criação, com recursos do BNDES e talvez do BB, de um fundo garantidor de crédito para capital de giro das pequenas e médias empresas. “O governo espera que a adoção do fundo garantidor sirva não só para os bancos destravarem o crédito para as pequenas e médias empresas como também para baixarem os juros dos empréstimos”, diz a Folha (para assinantes).

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