quarta-feira, 11 de março de 2009

[leia] Curtas

Recessão a caminho?

A queda de 3,6% do PIB entre outubro e dezembro, divulgada ontem pelo IBGE, levou todos os grandes jornais do País a estampar nas manchetes o risco evidente de recessão em 2009. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em outubro fez a célebre comparação da turbulência financeira com uma "marolinha" (que me desculpem os leitores cansados das referências a tal expressão, mas aqui se faz necessário), ainda tenta ficar no barco ameaçado de virar. "Mesmo com o PIB perto de zero, não teremos recessão. O susto já passou”. O Globo informa que Lula já pediu à área econômica uma redução mais acelerada dos juros básicos para tentar melhorar um pouco o cenário negativo. Há quem acredite em corte de até 2 pontos porcentuais na reunião do Copom, hoje. A Selic está em 12,75% ao ano.

Deputados podem ter novo aumento salarial

Os deputados federais estão estudando o fim da chamada verba indenizatória, usada para gastos decorrentes de atividades parlamentares. Até aí, nada a reclamar. O problema é que a Câmara quer aproveitar a economia decorrente dessa eventual extinção para reajustar seu próprio salário, informa O Globo. A proposta a ser apresentada pelo primeiro-secretário da Casa, Rafael Guerra (PSDB-MG), ao presidente Michel Temer (PMDB-SP) é de equiparar o salário dos deputados, hoje de R$ 16,5 mil, aos de ministros do Supremo, que ganham R$ 24,5 mil. Pelos cálculos de Guerra, ainda haveria uma economia de R$ 18 milhões - se todas as casas legislativas fizessem o mesmo, seriam economizados R$ 100,6 milhões. Só mais um número: se não houver o reajuste, o fim da verba indenizatória em todo o país nos faria deixar de gastar R$ 354 milhões. Que tal?

Senado não cobra punição por hora extra indevida

A Folha (para assinantes) informa que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou um "absurdo" o pagamento de hora extra em janeiro para servidores da Casa e mandou os funcionários de seu gabinete devolverem o valor recebido. Outros senadores exigiram o mesmo de sua equipe. Foram pagos R$ 6,2 milhões a 3.883 servidores num mês em que não houve atividade no Senado. Só que ninguém se dispôs, até agora, a cobrar punições sobre o tal "absurdo". Sarney "empurrou" o caso para o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), e este disse que vai pedir um parecer da Advocacia-Geral do Senado, mas transferiu a responsabilidade maior para os chefes de gabinete. Ou seja, é difícil crer que alguém vá ser punido.

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