segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

[leia] Uma visão da Organização Política de Apodi

Inicialmente observo o significado da palavra Política. Política é o modo organizacional de uma região, visto que, essa organização é devida à cidadania, ou seja, ela é idealizada por mentes que pensam, e não somente que pensam, mas também que agem. Cidadão é aquela pessoa ciente de seus direitos e deveres para com a sociedade, em suma, este indivíduo tem o pleno direito ao voto, arma esta de suma importância na escolha e seleção de uma classe competente que decide e organiza junto com o povo uma determinada região.

Sinto-me triste ao ver Apodi isento da política, pois não reina uma política social, mas uma política partidária e capitalista. O que significa uma política Capitalista, Partidária? É a política em que se defende não a pessoa, mas o partido e o dinheiro. Não devemos pôr a culpa nos compradores de votos, porém nos vendedores, estes que após o pleito eleitoral tornam-se frágeis e destituídos de cobrar, buscar seus direitos, o que anteriormente denominei de “Cidadania”. Na maioria das vezes denomino essa política modificada em Apodi, de Política Noturna, esta que é decidida da noite para o dia seguinte, noite esta anterior ao dia da eleição. As pessoa, os eleitores, tornam-se mais corruptos do que os eleitos. É incrível parar, pensar e ver uma multidão não poder opinar e escolher. As pessoas tornam-se néscias, covardes ao ascender bandeiras incovenientes.

É incrível observar a imprensa corromper-se ao defender uma bandeira sem rumo, o que a torna uma baderna total, sabemos que a imprensa é o meio pelo qual não deveria haver discriminação, diferenças, rejeição e entre outros fatores que me sinto envergonhado em citá-los.
A política em Apodi, a cada dia está sendo modificada, na maioria dos eleitos há cegueira em seu período de mandato, esquecem o povo, as classes populares. A palavra desenvolvimento é tão falada no período eleitoreiro, mas é esquecida tanto pela população quanto pela classe dominante durante os quatro anos de mandato, mas se pararmos e analisarmos chegaremos a uma conclusão: ora, isso é normal, o povo não tem mais o seu direito de cobrar, pois naquela madrugada agitada, de correrias e de carros e motos concorrentes, houve uma comercialização desse direito, a partir da meia-noite houve a compra do voto, e aí não pode-se mais opinar consciente.

É interessante observar a educação dessa cidade, é vergonhosa a qualidade, que é mínima. Por que analisar educação e não saúde e empregos? Está é uma pergunta que muitos fazem. Ora, a educação é o pilar de sustentação de qualquer outra área. Como podemos ter uma saúde boa sem médicos bem capacitados? Como podemos ter empregos sem qualificação profissional? Então devemos reivindicar o que é necessário, o que é sadio. O povo precisa de mais integração, consciência e objetividade.

Quero não somente criticar, porém expressar minha opinião sobre política nessa cidade tão rica e de um povo pobre. Pelo menos no período dessa campanha de 2008 houve uma maior organização por parte da justiça, se compararmos as anteriores.

Quem venceu não sei se foi o melhor, pois às vezes nem sempre o melhor vence, mas se o povo aprovou x, de acordo com “Política”, x é melhor. Se o povo votou consciente, a partir do dia primeiro de janeiro de 2009, o povo deverá pôr x contra a parede e dizer: queremos educação, saneamento, empregos e entre outros direitos nossos. Se x foi colocado no poder por compra de votos, o povo está destituído de cobrar, o povo torna-se tolo e frágil.

Acredito que haja desenvolvimento, como chegaram ás casas prometendo e seduzindo alguns com o discurso. Vale salientar que se x não prestar, aquela pequena porção de pessoas que foram resistentes e mantiveram a consciência tem o máximo direito de protestar e pôr os mentirosos para fora.

Quem perdeu não significa que é derrotado, e sim que é filho de Apodi, resistente, pois lutou até o fim, e aí digo: Melhor lágrima por não ter vencido do que vergonha por não ter lutado. Se o povo acha x melhor do que y espera-se ver o trabalho de x, pois se o mesmo não atender as expectativas do povo apodiense, esse povo tem o máximo direito de sacudir x para fora e adotar y.

Portanto essa foi a minha interpretação da política de Apodi, se existir alguma pessoa contra essa expressão de um eleitor consciente ponha em prática seus argumentos, vamos buscar o melhor para Apodi, penso que o atraso dessa cidade são bandeiras partidárias e compra de votos. Mentes fortes são aquelas que resistem ao suborno e ao partidarismo. É preciso reivindicar, reivindiquemos, pois.

Antonio Benedito Tôrres de Oliveira

6 Comentários:

Anônimo disse...

Esta nao é apenas a sua visão Antonio Benedito e graças a Deus que não. Existem muitas pessoas com essa visão política, pode ter certeza que um dia vamos ser a maioria e expulsar da polític de Apodi essa "cultura podre" da compr de votos, seja por quem for feita.

Anônimo disse...

e o povo se prepare,pois tem radio e jornal em apodi que vão ser simplesmente porta voz da alienação do nosso povo,O INTERRESSE ENTERRANDO A RAZÂO.

Anônimo disse...

Confesso estar emocionada em ler este desabafo (mais um) e venho através deste comentário compartilhar o mesmo pensamento que você, Antônio Benedito.

Não o conheço, mas isto não me impede de dizer que estou orgulhosa de ver mais um apodiense (se não de origem, mas de identidade) expressar suas opiniões de forma tão consciente. Neste pedacinho de mundo isso torna-se quase raro. Após um período eleitoral em que as pessoas correm atrás dos eleitos a fim de conseguirem favores, empregos, benefícios...mais ainda. Acho que é exatamente isso o que mais falta em nosso povo: consciência.

Resumir a política ao ato de votar (errado, na maioria das vezes) é, no mínimo, mutilar nossa capacidade de reinvindicar, de transformar. A política move o nosso cotidiano, o nosso convívio em sociedade, as nossas próprias vidas. E não falo aqui de politicagem. Disso já estamos cheios em Apodi. Falo do votar com liberdade, de votar não mais no "menos ruim" e sim, no melhor.
De cobrarmos dos nossos representantes e não sermos punidos por isso; de votarmos abertamente e não sermos perseguidos.

Infelizmente alguns políticos de nossa tão querida cidade insistem em valer-se da carência da população para sair prometendo mundos e fundos; oferecendo migalhas de um assistencialismo barato. Por outro lado, o povo carente enxerga o período eleitoral como o único momento de conseguir algum benefício em função de não mais creditar confiança em político algum. No fim, todo político é tido como igual e conseguir um voto consciente torna-se praticamente impossível. Um ciclo vicioso e que só nos leva ao abismo. Mas também não adianta denunciarmos que só o povo carente vende seu voto, sua consciência. Este vende a custo mais barato...uma prova que sua consciência (ou a falta dela) não vale quase nada. Temos ainda aqueles "arrumadinhos" que trocam suas consciências por um pouquinho mais. Coitados, não entendem que a consciência e a diginidade não têm preço.

Eu, por exemplo, já tive tantos professores que antes eram meus exemplos e que hoje submetem-se a essa "política". Logo eles que se diziam tão consicientes, que contribuíram para formar a minha consciência, o meu senso crítico. Logo eles cuja função extrapola os limites didáticos de qualquer disciplina; cuja função é também contribuir para a formação ética, política e social de seus alunos. Estes sçao hoje a minha decepção.

Mas enquanto historiadora não posso concordar com o discurso já tão difundido de que as coisas em Apodi serão sempre assim. Se ensino aos meus alunos que na História tudo muda, se vizualizo esta historicidade das coisas, das relações, das mentalidades não posso pensar que em Apodi tenha que ser difirente. Por isso, eu acredito verdadeiramente que um dia nosso povo se libertará dessa condição deplorável de venda e compra de votos; de dignidade. Neste dia, Apodi inteiro será motivo de orgulho para todos nós. Nosso orgulho não mais será apenas por termos um dos melhores carnavais, um solo fértil, água boa, riquezas incontáveis...mas porque, neste dia, estaremos libertos dessas correntes político-partidárias que usam e abusam de nossa boa vontade. Estaremos livres desse "voto de cabresto" que nos obriga a ver e não enxergar; em dizer e não falar; em votar e não cobrar; em discordar e ter que aceitar.

Seria utopia se tudo isto não estivesse ao nosso alcance. Mas está. E por isso mesmo, em juramento que faço por minha profissão, não posso fugir da minha obrigação social de contribuir para formar alunos críticos e pensantes. Talvez por isso ainda me ache no direito de pedir que cada professor que ler este comentário se sensibilize e pense em fazer o mesmo ao invés de mandarem seus alunos soltarem "bomba neles". Afinal, se cobramos para sermos valorizados precisamos nos honrar de nossa prática e darmos significado a ela.

O meu desejo é que a nossa atual prefeita seja sensível a todas as carências da nossa cidade e que, enquanto primeira mulher a governar o município queira entrar pra História não como uma administradora ruim. E sim, exatamente ao contrário.



Att,
Fernanda C. Nogueira

Anônimo disse...

agora e anossa vez derrotados

Anônimo disse...

essa política feita em apodi de compra de votos é imoral, gente que não tem capacidade de administra e trabalhos para a população faz isso, somos escravos do poder e da arrogância de uns poucos. apodi merece sempre o melhor mais nem sempre o melhor ganha, mas como também não conhecemos que é bom nesse meio.... só resta espera.

Anônimo disse...

Tava na hora desses freires sairem.

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