terça-feira, 25 de novembro de 2008

[leia] Apodi exporta 40 toneladas de mel para vários países



A Cooperativa Potiguar de Apicultura (COOPAPI) já proporciona sucesso no setor melífero de Apodi, no Médio Oeste potiguar, onde cerca de 200 famílias vivem da apicultura e com isso garantem o seu sustento no município, onde o desemprego e a falta de oportunidade impera. A organização aliada à união dos apicultores apodienses mostra não ter limites. Somente neste ano de 2008 a Coopapi comercializou 300 toneladas de mel de abelha de excelente qualidade que foi vendido a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) que doa as escolas e creches para ser inserido na merenda escolar de milhares de crianças.

Mas a grande conquista dos apicultores de Apodi juntamente com a Coopapi foi a realização de um consórcio envolvendo a Coopapi e Cooperativa da Agricultura Familiar do Apodi (COAFAP), juntamente com a Empresa Mel Brasil Tropical, que exportou 40 toneladas do produto para a África do Sul e Estados Unidos. Com a comercialização do produto para o exterior, o balde com 25 kg de mel, que no Brasil custa apenas R$ 60,00, na exportação ficou ao preço de R$ 82,00. O mel foi transportado em caminhão ate o porto de Recife e depois levado em contêiner para o exterior. "Nosso mel é de excelente qualidade e isso despertou a atenção de empresários para adquirir o nosso produto, e para o próximo ano o nosso objetivo é de exportar mais de 100 toneladas de mel para o exterior", comentou a presidente da Coopapi Fátima Torres.

Somente em 2008 a Coopapi realizou cerca de 600 operações comerciais totalizando assim cerca de R$ 500 mil reais em comercialização de mel. "Quem mora na zona rural de Apodi e tem disposição para trabalhar na apicultura não tem de que reclamar, pois o mercado é bem promissor e promete crescer cada vez mais, porque o nosso produto está ganhando mercado e com isso se valorizando", disse Fátima Torres.

Constantemente a Coopapi, Coafap em parceria com Associação de Pequenos Produtores de Mel e Agricultores Rurais de Apodi, passaram por uma capacitação com o objetivo de se adequar às novas regras para garantir a melhoria na qualidade do mel. São cursos, oficinas, seminários, palestras oferecidos aos apicultores de todo o município.

Para a presidente da Coopapi, Fátima Torres, a exportação mel, foi uma surpresa para todos. "Isso é muito importante, não estávamos esperando, imagine o mel produzido na Serra do Apodi, no Córrego está chegando à mesa dos americanos", comemora.

Quando começou a funcionar, em 03 de abril de 2004 a Cooperativa Potiguar de Apicultura, tinha poucas famílias cadastradas. Mas hoje já são cerca de 200 famílias que vivem exclusivamente da apicultura, são mulheres e homens que a cada dia se aperfeiçoa para garantir junto aos seus apiários uma boa qualidade no doce mel que vem adoçando a vida de muitos produtores rurais que em um passado não muito distante amargavam crises e viviam sob forte clima de dificuldades, mas hoje a qualidade de vida no campo para quem atua nessa atividade é bem diferente.

De acordo com Fátima Torres, os pequenos apicultores chegam a ter uma renda anual de R$ 6 mil reais enquanto que os maiores ultrapassam os R$ 10 mil e cita o apicultor Antônio Urbano da Silva que se destaca entre os maiores apicultores do território apodiense.

O mel como um produto especial ao longo dos tempos

Não é de hoje que o homem descobriu todo o poder do mel. Através dos tempos, o mel sempre foi considerado um produto especial, utilizado pelo homem desde os tempos mais remotos. Evidências da sua utilização pelo ser humano aparecem desde a pré-história, com inúmeras referências em pinturas e manuscritos do antigo Egito, Grécia e Roma.

Existem registros sobre a utilização do mel como alimento pelos Sumérios na Mesopotâmia (2.300 anos antes de Cristo). No Antigo Egito explicava-se a origem do mel como sendo fruto das lágrimas vertidas por Rá, deus do Sol. Zeus, pai e rei dos deuses da mitologia grega, alimentava-se do mel que as abelhas colocavam sobre os seus lábios.
Na antiga China, este néctar cor de ouro e símbolo da Terra, era dado ao imperador afim de que este encontrasse força, vigor e clarividência.

O mel, como alimento sagrado, aparece tanto nas páginas da Bíblia como nas do Corão, onde é citado como o alimento do paraíso. Para os antigos, sonhar com enxames era sinônimo de prosperidade. A chamada "Lua-de-mel" teve a sua origem no costume romano em que a mãe da noiva deixava em cada noite, na alcova nupcial, à disposição dos recém casados, um pote de mel para "repor energias". Esta prática durava toda a lua. Ainda hoje, em muitos países, encontramos a expressão "Lua-de-mel".

Fonte: Gazeta do Oeste

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