[leia] Semana da descoberta: uma resposta aos nossos descobridores
Senhor Pero Vaz de Caminha. É com extremo prazer que te escrevo. Passados todos esses anos da vossa chegada, gostaria de relatar como se encontra o país descrito por vossa senhoria em suas primeiras anotações. Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo uso grosseiro da Língua Portuguesa, é que nós tratamos com o tempo, de modificá-la.
Quando aqui chegou, você relatava que encontrou aves voando, plantas crescendo, muitos índios com corpos saudáveis e corados, vasta terra, com palmeiras e árvores de todas as formas e enorme quantidade de água doce.
Pois bem, se estivesse aqui hoje não encontraria as mesmas espécies de aves voando, mas sim urubus pairando aos círculos e muito lixo jogado nos rios e lagos. Encontraria também várias armas de fogo nas mãos de ladrões e de crianças. Pouco resta do grande número de índios.
Você ficaria indignado ao ver que nós não matamos mais os índios, como vocês costumavam fazer, mas sim pessoas, é isso mesmo, pessoas matando pessoas. Crianças se prostituindo é o que você veria.
Mas nem tudo é tristeza. Se o grande objetivo da sua época era catequizar os índios, vocês conseguiram. Hoje temos o país mais católico do mundo, se é que isso conta como alguma vantagem.
Bem, criamos um novo tipo de gente. Chamamos esses de políticos. São muitos e todos os anos quando temos eleições eles aparecem aos montes, mas depois de cada pleito, desaparecem.
Agora está chegando a época de comemorarmos nossa independência política e econômica de Portugal, mas não sei se temos muito o que celebrar, vai ser mais uma comemoração particular em Brasília do que uma manifestação do nosso povo heterogênico e alegre.
Bruno Coriolano,
Aos três dias de setembro de 2008.
Mossoró – RN, Brasil.
Acesse: http://www.mochileiro-das-galaxias.blogspot.com/
7 Comentários:
Olá...
Acabo de ler o texto e estou um tanto 'perturbado' com algumas coisas escritas. Tentei todos os esforços possíveis para compreender a intenção do autor e acredito que tenha sido das melhores. No entanto, ele não teve cuidado com o que escreveu. Foi dar "pitaco" onde não sabia. A crítica contida no texto é perceptível, mas acho que o autor acabou invertendo as coisas. Parece que nós, brasileiros, somos os únicos culpados por tudo isso que nos acomete. O autor desconsidera que a colonização do Brasil pelos portugueses, ditos 'civilizados', foi a responsável maior pelas condições políticas, econômicas, culturais e sociais que dispomos hoje. São heranças históricas de anos (leia-se séculos) de exploração sofrida.
Ao dizer "Você ficaria indignado ao ver que nós não matamos mais os índios, como vocês costumavam fazer, mas sim pessoas, é isso mesmo...", desconsidera que os índios são pessoas e os trata como povos homogêneos, desconsiderando suas particularidades.
Não precisa ser um historiador para perceber esses erros tão grotescos.
É melhor que vá cuidar da língua portuguesa do que ficar falando o que não sabe e pensa que sabe.
Olá...
auhauhahuhauuha
BULLSHIT!
Bem, acho que não foi o só o autor que cometeu erros aqui. Quando ele fez estava pensando em fazer mesmo. Os indios são pessoas sim, mas na visão dos Portugueses eram seres inferiores.
Valeu por ter lido essa merda.
só não precisava colocar ANÔNIMO.
..."Foi dar "pitaco" onde não sabia" < bullshit, again.
Se vc acha que o autor não sabe dar pitaco... somos 2. Aqui no brasil (com b minúsculo) todos entendem de tudo da merda à bomba atômica.
"...Parece que nós, brasileiros, somos os únicos culpados por tudo isso que nos acomete."
Quem falou em brasileiros?? achei que eram da situação atual do País! ha, era uma MERDA mais humoristica do que Histórica.
"... esses erros tão grotescos."
grotescos? Nossa! Será que isso irá parar o acelerador de particulas?
..."É melhor que vá cuidar da língua portuguesa do que ficar falando o que não sabe e pensa que sabe."
O autor é autoridade em Língua Inglesa.
acho que esse leitor deveria ver o texto com outros olhos. Gostei do rtexto serve pra que possamos refletir sobre nosso país. Brasil (com B maiúsculo)
"...nós não matamos mais os índios, como vocês costumavam fazer, mas sim pessoas, é isso mesmo, pessoas matando pessoas." E índios não são pessoas? Concordo com o comentário acima...
Bem, acho que não foi o só o autor que cometeu erros aqui. Quando ele fez estava pensando em fazer mesmo.
SERÁ???
só não precisava colocar ANÔNIMO.
SE VOCÊ SABE QUEM SOU, QUAL A DIFERENÇA DE ESTAR OU NÃO NO ANONIMATO?
Quem falou em brasileiros?? achei que eram da situação atual do País! ha, era uma MERDA mais humoristica do que Histórica.
SE VOCÊ NÃO FALOU EM BRASILEIROS, ENTÃO SOMOS O QUE?
MEU CARO, SEU HUMOR NÃO TEM SUSTENTABILIDADE ALGUMA. DESCULPE, MAS DEU PERFEITAMENTE PARA ENTENDER SUA INTENÇÃO. DA PRÓXIMA VEZ, TOMA MAIS CUIDADO, MS.
OK?
Parafraseando a galera do Casseta e planeta "fala sério!" magnífico Senhor autor da carta a Pero Vaz de Caminha, autoridade em Língua Inglesa... ufa!!!! são tantos adjetivos que até cansei... Nós, os leitores, não sabemos,tampouco estamos interessados em conhecer as suas "intenções" a respeito da mensagem que proferira.. por ser um "master" no idioma do tio Sam, sem dúvida alguma, não deve ter tido a oportunidade de aprender certas questões concernentes "a produção textual.. pois bem, ao contrário de Vossa Excelência, não somos "autoridade" em área alguma, no entanto, arriscamo-nos a dar-lhe "pieces of advice". Um texto escrito precisa conter todas as informações necessárias à sua compreensão, de modo que as intenções do autor sejam claras e precisas, caso contrário, a dubialidade e/ou o uso de expressões truncadas pode originar uma gama de concepções.Esse recurso pode e é indubitavelmente válido e interessante no campo literário, onde a capacidade inventiva do autor se revela, mas nesse seria um recurso, no mínimo, inadequado - isso para não usar outros termos.
Assim, independente das suas pretensões, sua comparação acerca da dizimação indígena, levada a cabo pelos portugueses com a "matança" indiscriminada à qual está submetida a sociedade brasileira, desencadeada pela violência , manifesta de ´formas variadas, foi realmente muito infeliz, denotando uma atitude de discriminação para com o índio. Sua palavras sugerem que à epoca do "descobrimento" se matava somente índios.. leia-se uma titude natural, sobretudo aos olhos dos europeus... ao passo que hoje tudo estaria pior, pois não estaríamos matando tão-somente os índios, mas pessoas... e isso é ainda reforçado.. "pesoas matando pessoas" Nada do que você diga mudará minha visão ... para mim, sua fala desnudou um preconceito contra o índio- o que afinal não é exclusividade sua... um preconceito que está arraigado na cultura, "no sangue" do nosso povo... ou quem sabe.. você o tenha "adquirido" no processo de aculturação ao qual fora submetido peloeuropeu... afinal para ser um mestre no Inglês acredito que um brasileiro precise, de fato, mergulhar no universo dos povos que têm esse idioma como representação ao ponto de "sentir na pele" o que eles sentem...
Desculpa se não consegui entender seu texto como você gostaria que o fizesse.. da próxima vez diga o que você queria mesmo dizer no texto, naõ espere para falar isso só depois de receber críticas... ah e humildade, no meu humilde ponto de vista, não faz mal a ninguém...
Valeu!
Parabéns pela resposta citada acima,dada ao autor da carta Pero Vaz de Caminha...
Postar um comentário