segunda-feira, 5 de maio de 2008

[leia] Lideranças fecham aliança para 2008 e dão largada à corrida de 2010

Sem a presença dos preteridos Rogério Marinho (PSB) e Hermano Morais (PMDB), as lideranças regionais dos partidos que formam a base aliada do governo Lula (PT, PSB, PMDB e PC do B) lançaram oficialmente ontem, no hotel Parque da Costeira, a candidatura da deputada Fátima Bezerra (PT) a prefeita de Natal. Antes, a governadora Wilma de Faria (PSB) e o senador Garibaldi Alves (PMDB) trataram de convocar seus correligionários, em reuniões separadas, para justificar a decisão e tentar minimizar as rusgas que não foram evitadas.

No auditório do Parque da Costeira, diante de uma multidão de militantes, a maioria do PT, a inédita força de coalizão se enfileirou numa mesa para manifestar o apoio unânime em torno no nome de Fátima Bezerra. Foi momento também de cobranças, como fez a governadora. ‘‘Eu não entrei num projeto desse para perder. Todos terão que se empenhar’’, avisou Wilma de Faria, logo em seguida se voltando para Garibaldi. ‘‘Não pense que você vai ficar lá no interior, tem que ficar aqui apoiando a eleição de Fátima’’, disse.


Depois de se emocionar com as palavras de Henrique Alves, a nova pré-candidata disse que foi o dia mais importante da sua história de vida e carreira política. Repetidas vezes, Fátima fez questão de reiterar o agradecimento a Hermano Morais e Rogério Marinho. ‘‘Sei da dificuldade que foi para o PSB e para o PMDB abrir mão da candidatura própria’’, afirmou. Ela lembrou também que no próprio PT seu nome não estava entre os pré-candidatos. ‘‘O processo de repente tomou outro rumo. O que acontece é que os dois maiores partidos do Rio Grande do Norte, PSB e PMDB, abdicaram de seus projetos para que o PT possa se colocar como cabeça de chapa’’, disse.


Candidato próprio

O senador Garibaldi Filho admitiu que chegou a pensar que o PMDB poderia ter candidatura própria, mas depois desistiu. ‘‘Vi que o cenário estava ficando diferente’’, declarou, completando que votaria em Fátima Bezerra independente da aliança formada com os demais partidos. ‘‘Votar em você, Fátima, é votar na humildade, na persistência, na mulher que se fez sem apadrinhamento na vida pública do Rio Grande do Norte’’, disse Garibaldi. O presidente do Senado aproveitou para soltar uma brincadeira em tom de verdade para a deputada estadual Micarla de Sousa, provável adversária de Fátima. ‘‘Se ela for acreditar em pesquisa, como eu acreditei (na última campanha para governador), coitada de Micarla’’, falou, levando os presentes aos risos.


O deputado federal Henrique Eduardo Alves disse que foi atendendo a convocação do presidente Lula que deu os primeiros passos para a formação da aliança. ‘‘Outra razão que estou aqui é porque estou apoiando quem eu realmente queria no íntimo apoiar’’, revelou, Henrique, que por várias vezes disse que Fátima Bezerra é a melhor parlamentar da bancada do Rio Grande do Norte. O deputado contou que iniciou as primeiras conversas com a governadora Wilma de Faria, sobre a aliança, no primeiro semestre do ano passado.


Apesar dos mútuos elogios, ficou bem claro no encontro que pelo menos por parte do PSB a aliança é uma retribuição ao apoio que o PT deu à governadora Wilma de Faria nas duas última eleições governamentais. ‘‘Nada mais justo que firmar essa aliança’’, disse o vice-governador Iberê Ferreira de Souza. Por parte do PMDB, conforme o que declararam Henrique e Garibaldi, entrar na aliança foi a melhor alternativa à legenda, sobretudo por manter a base de apoio ao presidente Lula em nível local, a despeito dos rasgados elogios a Hermano Morais. Além disso, há nas entrelinhas o pleito de 2010. Mas como bem lembrou Garibaldi no encontro, ‘‘2010 só vai acontecer com vitória se a vitória acontecer em 2008’’.

Fonte: DNonline

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