quinta-feira, 8 de maio de 2008

[leia] José Dias não segue decisão do PMDB

O líder do PMDB na Assembléia Legislativa, deputado José Dias, afirmou ontem que vai continuar a seguir a mesma linha de dura oposição à governadora Wilma de Faria (PSB), apesar da aliança firmada entre PMDB, PT e PSB para as eleições de Natal. O parlamentar declarou que não vai entregar a liderança do partido, pois cabe aos seus colegas de bancada na Assembléia se posicionarem sobre a questão, caso achem necessário. ‘‘Não vou mudar de posicionamento. Vou continuar com a missão que recebi. Tenho uma procuração do povo para ser oposição. O meu eleitor não votou em Wilma’’, disse.

José Dias informou que não vai facilitar a mudança do líder partidário. ‘‘Se acharem que devem escolher outro líder, não terei o menor ressentimento. Mas não deixo, acho que a gente não deve facilitar certos atos. Se quiserem que cometam, eu não vou facilitar. Não renuncio’’, reforçou.

O deputado também colocou em dúvida se o acordo feito entre PT, PMDB e PSB vai sobreviver. Descrente, ele questiona se o entendimento vai durar até as convenções partidárias, citando a pouca atenção que vem sendo dada às bases partidárias, incluindo os vereadores, dizendo que a situação da chapa proporcional sequer foi considerada no acordo.

‘‘Tenho dúvidas, pela forma como a chapa proporcional está sendo tratada, como se fosse uma coisa inexistente. A gente não pode acreditar que tudo esteja definido. O PMDB, por exemplo, eu tinha a expectativa de apresentarmos pelo menos um candidato a vice-prefeito em uma chapa viável, como a de Micarla. Tínhamos condições de reinvidicar, e de aumentarmos nossa bancada na Câmara. Mas, da forma como está sendo feito, vamos cair para dois’’, afirmou.

O parlamentar peemedebista continua a declarar o voto na deputada Micarla de Sousa. Para José Dias, a forma como a aliança entre PMDB, PT e PSB foi feita, ‘‘de cima para baixo’’, criou uma revolta nas bases que tem contagiado a população. ‘‘Pessoas humildes, com conscientização política, que participam das campanhas, essas realmente estão absolutamente perplexas, tristes, sofridas, porque é muito inesperado, e sem nenhuma racionalidade. A política é feita de um bocado de emoção, um bocado de interesse, mas também tem que ter uma explicação racional. E a gente procura, procura e não vê’’, disse.

Diário de Natal

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