terça-feira, 29 de abril de 2008

[leia] O início, o meio e o fim

Analisando friamente o conteúdo do ‘texto miserável e desprezível’ fico a pensar se quem o escreveu defende piamente a Liberdade de Expressão, ou simplesmente simboliza o pensamento camarada do partido ao qual pertence.

Essa é mais uma obra em que criador e criatura se confundem, não há como separar os dois, porque na verdade eles são apenas um. O texto foi claro, simples e objetivo, muito embora alguns queiram dizer que se tratava meramente de uma opinião.

Mas o texto tem início, meio e fim. Vamos a ele...

O início

O texto mostra claramente onde começou toda essa fúria, que vai de encontro ao rompimento de Pinheiro com o PMDB, veja no detalhe extraído do texto:

Em seu primeiro mandato, com projetos e boas intenções de trabalho, de mudar os destinos de Apodi, de garantir vida nova para um povo sofrido e amargurado, o prefeito José Pinheiro venceu o ceticismo daqueles que não mais acreditavam nos políticos; venceu a má vontade e os agravos dos adversários que torciam por seu fracasso.

Abandonou o lar ‘Bacurau’

O Pinheiro, que jamais teve intimidade com a política foi matriculado no PMDB e com o apoio da família Bacurau foi candidatos várias vezes, ate que conseguir se eleger três vezes prefeito.

Todas as suas posições políticas e ações que o povo pensava ser de sua própria autoria traziam no bojo o DNA do PMDB. A nós, nada custava esta ajuda.

O meio

O meio utilizado para divulgação dessa fúria ensandecida aconteceu da forma como deveria acontecer, através de uma assessoria de imprensa, meio pelo qual vem defendendo de forma aberta e descarada a sua Liberdade de Expressão.

Aos empregados não resta outra coisa senão cumprir ordens, mesmo que lhe doa a alma, mesmo que seja algo que vá de encontro aos seus ideais. Mesmo que não fosse aquele um pensamento seu, a obrigação e o pagamento que percebe mensalmente o obrigou a divulgá-lo. É tanto que a assessoria sequer cogitou usar seu nome próprio e criou um pseudônimo chamado de Artur Mesquita, que também poderia chamar-se de Eduardo da Rua Tiradentes, daria no mesmo. No início eu cheguei a pensar que o meio era igualmente culpado, mas agora compreendo que o meio é sempre o meio e não há como fugir às regras. Obrigação é obrigação. Dinheiro paga, empregado cumpre.

O fim

A finalidade é política. Não há outra idéia que encaixe nos anseios desse famigerado texto senão achar que o fim é político.

E a coincidência nisso tudo é que o mal falado texto apareceu justamente após os resultados de uma coleta de dados de opinião pública apodiense, e pelo que se sabe não trouxe os números que muitos acreditavam que viriam. O que é pior, os números parecem ter favorecido a outrem, e mais, mostrado que a verdadeira liderança ainda permanece nas mãos de outras pessoas, que não partilha mais o pão com quem partilhava antes. Por isso a necessidade de sair ao ataque.


Ou vai me dizer que a matéria do domingo passado que trazia fotos de ex-prefeitos em evidência não era uma estratégia para colocar na mídia quem eles pretendem confrontar diretamente? E isso mostra claramente que a vontade popular mudou de ares, assim como mudaram os ares de alguns partidos. Isso aconteceu De Fato.

A você, meu caro amigo, eu perdôo, pois sei a pressão que tem sofrido para criar uma imagem de algo que sequer tem definição. A sua tarefa é árdua, pois eu sei que começar do ‘zero’ é, à primeira vista, uma tarefa impossível.

1 Comentário:

Anônimo disse...

"Aos empregados não resta outra coisa senão cumprir ordens, mesmo que lhe doa a alma, mesmo que seja algo que vá de encontro aos seus ideais".
O amigo está falando em causa própria, ou não?
"Dinheiro paga, empregado cumpre".
Parabéns por mais uma belíssima defesa.

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