quinta-feira, 13 de março de 2008

[leia] Quebra-cabeça da política apodiense

"Ainda não tem nada definido."
"O candidato será o da governadora."
"A governadora vai apoiar aquele que estiver melhor nas pesquisas."
"Partidos pequenos tentam união para combater os maiores."
"Quem vai ficar com quem?"

Essas são questões que podem estar deixando até os mais experientes analistas políticos sem entender o que está acontecendo em Apodi e assim deixa transparecer que está um verdadeiro quebra-cabeças.

O quebra-cabeças é mesmo só na cabeça dos analistas, pois a verdade é que essa política é um jogo de cartas marcadas. Embora não aparente união, ou mesmo que cada um vai para lados diferentes, no final, as coisas vão se encaixar mesmo como num quebra-cabeças, e não adianta querer colocar a peça certa no lugar errado.

Os partidos quem tem tradição política, ou mesmo os que não tem, mas são presididos por pessoas da política vão seguir o caminho mais apropriado para sua sobrevivência. Os partidos que estão ligados a governadora vão seguir a sua orientação, sendo ela a melhor ou não. Vão aceitar calado, pior, vão ter que lutar pelo candidato que estiver à frente na disputa, seja do seu agrado ou não. Ou faz isso, ou perderá o pouco prestígio que ainda resta. Política é assim. Ninguém governa sozinho, e há sempre um papel pra assinar, e o papel nem sempre é o mais importante, às vezes o que vale é a caneta.

Atrevo-me a dizer que apenas o PC do B poderá seguir um caminho diferente. Digo 'poderá' porque as decisões nem sempre dependem do diretório municipal. O estadual tem mais poder e o secretário de Wilma, Canindé de França, não vai colocar seu cargo em jogo por qualquer situação. Pelo que conheço de alguns membros do partido em Apodi, sei que eles nunca aceitariam qualquer intervenção nesse sentido, a menos que seja um consenso, e aí correm o risco do diretório ser destituído, e todo o trabalho que estão fazendo ter sido em vão, prejudicando assim até a chapa proporcional.

Já os pequenos... Eles vão continuar pequenos se não souberem agir corretamente, e o que na certa vai acontecer é que muitos servirão apenas como partidos de aluguel, para engrossar as coligações majoritárias.

Eu particularmente não acredito na candidatura de Gilberto Olinto se o PC do B lançar candidatura. Em Apodi só há espaço para uma candidatura alternativa.

E o PT? Bem, o PT é o mais intrigante de todos e não conseguiu acompanhar o crescimento que o partido teve à nível nacional, nem mesmo regional e restringiu-se a poucos filiados, e ainda por cima, alguns filiados de nomes mais expressivos são muitas vezes escanteados, cito o agricultor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Edilson Neto, que sequer é cogitado como possível pré-candidato pelo partido. Clique aqui e veja o que estou falando. E é por atitudes assim que o partido nunca vai deixar de ser o que é: pequeno.

O PMDB... Ah, o PMDB!!! Esse partido ainda tem muita história pra contar, apesar da divisão que aconteceu com a saída de Pinheiro, o PMDB se mantém firme e forte e o mais importante, com uma grande aceitação popular, principalmente daqueles que mantém a ideologia do partido, independente de seu candidato, muito embora esteja sendo cogitada a possibilidade de Gorete Silveira sair candidata e sua aceitação pessoal (não apenas política) é muito grande. Mais os maiores trunfos do partido ainda são os dois grandes estrategistas Klinger Pinto e seu primo Agostinho Pinto. Nesse quebra-cabeças, o PMDB seria o único que poderia mudar alguma coisa, desde que a governadora ou outras questões não interfiram no processo, porque do contrário, as peças irão se encaixar do jeitinho que tem que ser.

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