domingo, 20 de janeiro de 2008

[leia] Jotta Paiva comenta...

Coluna de Jotta Paiva

Quanto vale a vida humana?

Essa é uma pergunta que quase ninguém sabe responder. Observando a imagem de uma senhora e seus quatro filhos na zona rural do município de Felipe Guerra, passo a me questionar sobre o valor sagrado de uma vida, e ao mesmo tempo a ambição no peito do próprio homem. Essa mulher mora em uma casa de taipa, tem cinco filhos, o mais velho não estava em casa e esse de colo só tem 10 dias. Seu marido está procurando emprego e seu estado físico é crítico porque ela está desnutrida, mas a Assistência Social daquele município só pode dar para a família 1 litro de leite do programa do governo, e sendo assim, ela não pode usufruir desse prazer, do contrário faltará para os menores. Ela também nunca recebeu nenhum programa social do Governo Federal, porque disseram a ela na prefeitura que seu nome está na lista. Ora que lista é essa se o direito é comum e os programas são feitos para evitar esse tipo de mazela? Quantas famílias iguais a essa não existem em Felipe Guerra, em Apodi e no Brasil? Para que deveria servir a política e conseqüentemente as administrações públicas? Talvez se fôssemos mais interessados no futuro da sociedade, saberíamos que as pessoas são eleitas para garantir cidadania e justiça social para todos sem distinção. Mas isso não é o que acontece! Enquanto muitos membros da política felipense estão usufruindo dos recursos públicos de forma irracional e criminosa, muitas famílias agonizam a espera do poder público. Ninguém é culpado por sua condição social, mas a administração é culpada pela falta de assistência às famílias de um modo geral, especialmente as menos favorecidas. Nessa hora nos questionamos: para que serve o Ministério Público, os Direitos Humanos, o legislativo? Para que serve tanta política se as coisas só mudam para os que estão dentro da cabine do carro e nunca para os de cima da carroceria? Não quero aqui ser utópico ou achar que as coisas irão mudar com dez linhas das que escrevo, mas rogarei nas minhas orações de hoje, para que Deus ilumine os corações dos senhores administradores do dinheiro público e que quando eles pensarem em superfaturar, aumentar suas contas bancárias irregularmente ou coisa parecida, possa pensar um pouco e imaginar quanto deve doer uma lágrima de fome de uma criança pobre.

Para a reflexão desses corações desumanos, a mensagem da música de Zé Geraldo: O Profeta.

O dia vai chegar estou me preparando porque antevi

No livro que lhe empresto e você não aceita a verdade ali

Existe tanta gente por ai às tontas sem se definir

Na hora da balança O peso não alcança o que deve atingir

Hei Homem de Deus

Acorda é tempo ainda

Eis que teu tempo finda

Faz uma oração

Hei Homem de Deus

Deixa a incoerência

Em sua conferência

fale de perdão

Quem você não conhece é que vai conferir se você passa ou não

Esqueça o seu padrinho, pois lá não tem carta de apresentação

O que vai influir é o bem que você fez ou deixou de fazer

Existe em cada estante um livro importante e você não quer ler

Quem sabe se o juiz não foi alvo de risos quando aqui passou

Sofrendo a indiferença, pagando tributos da classe ou da cor

Quem sabe se você não vai se ver chorando a mais tirana dor

E implorar baixinho aquela mesma ajuda que você negou

A vida é uma escola onde o viver é o livro e o tempo o professor

Onde alguns são sábios, porém até hoje ninguém se formou

A única certeza é que o dia do acerto já está pra vir

Prepare a sua alma, pois na hora certa você vai ouvir

O som de um instrumento que não se afina ao diapasão

Virá anunciando sem segundo aviso a hora da razão
Estou lhe reparando, estou lhe aconselhando porque quero ir

Você se nega a ler, erroneamente crê que a vida é só aqui

Hei Homem de Deus

Acorda é tempo ainda

Eis que teu tempo finda
Faz uma oração

Hei Homem de Deus

Deixa a incoerência
Em sua conferência
fale de perdão


A política e os meus inimigos

Está se aproximando a política e as agremiações já começam a definir os seus. Apesar de não significar muito na política e convívio social desse município, também estou buscando o meu caminho e conseqüentemente definindo quem serão meus amigos e inimigos no pleito vindouro. Não é uma decisão direta, o faço não por querência, mas por imposição do sistema adotado.

Neutralidade zero

Mesmo que decida ficar neutro, certamente alguém definirá por mim e sairá espalhando como acontecem com todos os cidadãos apodienses vítimas desse preceito construído pelos coronéis do passado. A partir da definição das chapas, vários dos meus conhecidos passarão a desafetos, assim como eu (se já não o sou) serei persona não grata em vários estabelecimentos, mesmos sendo estes lugares públicos.

As bandeiras e a incoerência.

Essa é mais um defeito de nosso povo, que acham que os espaços públicos são de sua propriedade por estarem ocupando cargos de chefia. O fato é que, se aproximando a campanha eleitoral é necessário que as pessoas comecem a tomar cuidado, pois até vidas são colocadas em jogo. Quem sabe no futuro essa história de bandeiras será consumida pela inteligência e coerência na hora de votar. Que Deus nos abençoe.

A entrevista

O vereador secretário Tibúrcio Marinho foi convidado para uma entrevista numa rádio local, para responder os posicionamentos dessa coluna acerca das traições do prefeito José Pinheiro Bezerra com os seus correligionários. Infelizmente o secretário não conseguiu interpretar direito as perguntas do entrevistador e achou que esse espaço estava o chamando de traidor, o que não aconteceu.

A entrevista II

De todo modo, mesmo negando tudo o que foi escrito e perguntado, ele não poupou críticas ao propenso candidato a prefeito pela ala governista Célio Martins. Chegou a fazer inclusive insinuações bem sérias a respeito da conduta do empresário, claro que sem citar o seu nome, porém para um médio entendedor, uma palavra basta. O homem não está muito feliz com o desfecho do grupo. Resultado: reconhece as traições!

A governadora na mira do Fórum

O Fórum de Entidades de Apodi resolveu abrir fogo contra a governadora Wilma de Faria. Tudo porque ela não cumpriu o que prometeu no ano passado e até o momento não deu sinalizações de que cumprirá esse ano. A coordenação realizará no próximo dia 27 mobilização em desagravo ao governo que está virando as costas mais uma vez para a região Oeste.

Robinson na política Apodiense

Fui informado recentemente de que o presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Estadual Robinson Faria, pré-candidato ao governo do Estado, está interessado em um grupo político de Apodi. O mais importante é que ele garantiu começar a acompanhar os trabalhos já depois do carnaval. Isso está gerando desconforto para os outros grupos que sabem que enfrentarão chumbo grosso!

Jr Praxedes ou Pelé?

Qual desses dois será o cabeça – de - chapa da campanha municipal de Caraúbas? Essa é uma incógnita no município. Correndo junto estão outros nomes como Onaldo Gurgel (PP) e Ivanildo do Gás (PT). Porém, pelo que senti durante o churrasco da oposição, na semana passada a preferência de uma maioria é pelo peemedebista Jr Praxedes com o petebista Pelé na complementação. Vamos aguardar.

Chapão

Há grandes chances de se formar um chapão, reunindo várias lideranças locais em busca do fortalecimento de uma candidatura da oposição. Apesar de tudo está sendo feito à surdina, existe uma grande articulação envolvendo gente grande dos principais partidos da cidade. Caso venha a se concretizar, será difícil derrubar essa barreira que conseguirá agregar gente de todos os setores.

Nome novo, grupo novo, política nova

Não está descartada a aparição de um nome novo na política apodiense. Contando com o apoio de vários segmentos e ajuda da capital, o novo grupo poderá surpreender. Acontecendo isso, poderá não mudar a vida eleitoral de Apodi, mas certamente trará aos eleitores uma política nova, contemporânea e comprometida com o desenvolvimento local. Vamos aguardar e confiar.

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