terça-feira, 7 de agosto de 2007

[leia] ‘Lar da Criança Pobre’ pode perder convênio do transporte de alunos

O 'Lar da Criança Pobre' é a empresa atualmente encarregada de contratar carros e ônibus ou mesmo de transportar os alunos da zona rural de Apodi (os alunos da rede pública estadual).

Antes, o convênio era do governo do estado junto com a prefeitura. O governo entrava com a verba e a prefeitura com a execução do trajeto, encarregando-se inclusive de fazer o pagamento aos motoristas. Diga-se de passagem, não havia problemas no atraso dos pagamentos.

Mas como tudo gira em torno da política, o grupo político apodiense ligado a governadora fez questão de que o contrato com a prefeitura fosse desfeito e que a governadora deveria favorecer aos seus aliados, e de fato foi o que ocorreu.

Apesar de não ter know-how para tanto, a empresa 'Lar da Criança Pobre' executou sua parte conforme determinava o governo, mas não houve reciprocidade e desde que o convênio foi firmado, os motoristas vêm enfrentando dificuldades em receber seus pagamentos.

Todo ano, aliás, todo mês é a mesma 'ladaínha', os salários atrasados se acumulam por longos meses, o governo paga 6 meses atrasados e depois volta a atrasar novamente, mas essa situação deve mudar nos próximos meses. Isso porque circula a conversa de que uma empresa de Assú venceu a licitação e deverá fazer esse trabalho em Apodi.

O que muda? Quase nada. Os alunos vão continuar sendo transportados da zona rural até a cidade e muito provavelmente os motoristas e os carros serão os mesmos, o que de fato irá mudar é a administração da tarefa que deixará de ficar a cargo do 'Lar da Criança Pobre' e passará a ser da empresa assuense.

Dificilmente a nova empresa adquira novos carros ou contrate novos motoristas, existe uma tendência natural de que as coisas permaneçam como estão, com exceção (é lógico) de que os carros e motoristas deverão seguir as normas e regras da nova empresa contratada.

Quem ganha com isso? Contanto que a nova empresa contratada arque rigorosamente com as despesas junto aos motoristas e que os alunos tenham garantido o seu trajeto, pouco importa se o governo do estado vai ou não pagar 'em dias' a nova empresa, porque afinal, o problema dos motoristas é com a empresa, e o da empresa é com o governo do estado.

Qual a melhor solução? A melhor solução sem dúvidas era a de que os motoristas se organizassem como em cooperativas, e evitassem os 'atravessadores' e que o governo do estado cumprisse mensalmente com suas obrigações. Mas aí já é querer demais, imaginar 'gordas tetas' sem ninguém mamando nelas? Ou mesmo que o 'pão nosso de cada dia' fosse compartilhado de forma igual para todos?

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