domingo, 29 de abril de 2007

[leia] Dalton Cunha em entrevista aO mossoroense.

"Acho prematuro lançar um pré-candidato neste momento"

MÁRCIO COSTA
Editor do Regional

Dando seqüência à série de entrevistas com lideranças políticas da cidade de Apodi, apresentamos hoje os pensamentos do empresário Dalton Cunha, um dos integrantes do bloco de oposição ao prefeito José Pinheiro que articula a possibilidade de se lançar como pré-candidato a prefeito em 2008 pelo grupo oposicionista.

O Mossoroense - Como o senhor avalia o atual cenário político de Apodi?
Dalton Cunha - Hoje o cenário político começa pela avaliação de que Pinheiro não pode ser mais candidato e tem dificuldade de apresentar um suscessor. Durante todo este tempo em que foi prefeito e assumiu uma liderança política em Apodi, não trabalhou um sucessor. Além disso, em Apodi a população quer uma renovação. Isso é o que se tem dito nas ruas e interpretado pelas lideranças. Diante deste quadro, é preciso que surja uma liderança que acumule apoios necessários para tocar um novo plano de desenvolvimento que coloque Apodi num novo rumo. A necessidade é tão grande que a população se manifestou a partir do fórum e reivindica avanços a partir desta alternativa.

OM - Como o senhor avalia a gestão do prefeito José Pinheiro?
DC - Dr Pinheiro afirmou em entrevista que tem serviços prestados em Apodi. Trabalhou como prefeito e como médico, mas Apodi tem uma carência muito grande de uma liderança política que assuma um plano de desenvolvimento para o município com base em metas, e a partir delas que se corram riscos e liderar o processo de desenvolvimento sócio econômico da sociedade local.

OM - O seu nome já foi colocado no tabuleiro da sucessão municipal numa outra oportunidade sem sucesso. O que inviabilizou a consolidação do seu nome como candidato?
DC - Entrei como pré-candidato numa fase bem adiantada das articulações, e mesmo assim quase consegui viabilizar o projeto. Nós tinhamos fechado um acordo com o PT, mas Gilberto conseguiu dentro do partido, consolidar a candidatura dele a prefeito e diante da perda do meu vice que havia sido indicado pela coordenação municipal do partido, desisti da minha candidatura.

OM - Agora vivendo uma nova realidade, na condição de pré-candidato da oposição. Você acredita que possa viabilizar sua candidatura a prefeito de Apodi?
DC - Na verdade eu ainda não sou pré-candidato. O que existe hoje em Apodi é um grupo formado por Vandinho, Simão, os vereadores Edileusa, Aurino, Titico de Xavinha, que foi candidato a vereador, e Fábio Soares. Este grupo é formado ainda por outras pessoas que vai indicar um pré-candidato. Pessoas deste grupo estão trabalhando para receber o maior número de apoios possíveis para poder viabilizar a pré-candidatura. Eu acho prematuro lançar um pré-candidato neste momento.

OM - A médica Solange Noronha se apresenta como pré-candidata lançada pela oposição. Como você avalia este posicionamento?
DC - Eu concordo com a médica Solange Noronha quando fala que tem serviços prestados a Apodi. Só que o grupo de oposição em Apodi é formado por outras pessoas que deviam ser escutadas antes do lançamento de qualquer candidatura para não ser facilmente minada.

OM - A pré-candidata afirma que esta trabalhando a base da oposição para o consenso. Solange apresenta as características para obter este consenso?
DC - Acho que dentro do grupo há divergências históricas que não inviabiliza por completo, mas dificulta esta aliança já que os membros do grupo de oposição não foram nem mesmo consultados para a participação deste projeto.

OM - O senhor não citou o nome de Solange Noronha como liderança do bloco de oposição. O senhor considera Solange um nome integrante deste bloco de oposição?
DC - Considero Solange uma pessoa importante dentro do bloco. Mas diante da situação de lançar uma pré-candidatura sem consultar as demais lideranças gerou uma reação. Eu estava inclusive fora do bloco mas fui chamado para participar das articulações e de colocar meu nome a disposição para fortalecer o grupo de onde possa sair um candidato com chances reais de garantir a vitória.

OM - Qual seria a composição ideal para se garantir a vitória em 2008?
DC - A composição vai passar por muitas definições a partir de agora. É muito prematuro se falar numa composição ideal para as eleições de 2008.

OM - O prefeito José Pinheiro afirma que o cenário da oposição é mais complexo do governismo em função do grande número de lideranças na busca pela cabeça de chapa. Qual seria a fórmula aplicada para acomodar tantos interesses políticos num grupo com pensamentos tão diversificados?
DC - Discordo da declaração de Pinheiro. Ele viveu recentemente uma grande derrota eleitoral com a perda na disputa dos seus candidatos para o governo e para o senado. O fato dele não poder ser candidato enfraquece muito. O fato do PMDB estar dividido é outro agravante que enfraquece o governismo. A oposição hoje é muito mais forte para lançar um candidato em condições de chegar a prefeitura de Apodi.

OM - Qual seria a fórmula mágica para se definir uma candidatura harmoniosa num grupo político de características tão diversificadas?
DC - A fórmula mágica é escutar o povo. Escutar o sentimento, analisar bastante antes do lançamento de uma pré-candidatura. Saber o que o povo está pensando, e o que o povo está querendo. Acho que esta é a fórmula correta de se fazer política.

OM - O prefeito José Pinheiro cita características de um candidato ideal como sendo jovem e comprometido com o desenvolvimento econômico que coincidentemente levam as características do seu nome. Você acha que esta reação do prefeito possa ser encarada como um aceno para uma futura articulação?
DC - Ao longo deste tempo todo, Pinheiro acumulou bastante experiência política o que leva a uma prática muito boa. Ele consegue ouvir e interpretar que o povo está querendo. Ele deixou isso muito claro ao afirmar que a vitória da governadora Wilma foi pavimentada a partir do trabalho desenvolvido por ela em Apodi. Ele consegue avaliar muito bem o sentimento do povo. Mas não há possibilidade de uma articulação com o governismo diante do fato de hoje estarmos integrados ao bloco de oposição.

1 Comentário:

Anônimo disse...

eu acho que o jornal esqueceu de perguntar a ADAUTO FILHO porque ate hoje ele como empresario de uma grande empresa não tem nemhum projeto sociaç sendo executado em apodi????????

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