[leia] Na íntegra: César Santos - Jornal de Fato
 Nada                contra as festas populares. Devem existir sempre, inclusive com                o apoio do Poder Público. As manifestações                populares resgatam e valorizam as raízes, mantêm viva                a história de um povo. Os Governos – Municipal, Estadual                e Federal – devem, sim, investir em eventos com esse perfil.                Agora, é preciso responsabilidade na hora da aplicação                dos recursos, como forma de evitar que outras áreas necessitadas                sejam atingidas. Veja a situação do momento. Mais                de cinco dezenas de municípios tiveram decretado estado de                emergência na área rural, em conseqüência                do prolongado período de estiagem. Famílias de agricultores                sofrem fome e sede, dependem de políticas públicas                para enfrentar o grave problema. Contrastando com essa situação,                considerável parcela de Prefeituras de municípios                em estado emergencial estão anunciando a realização                de carnaval de rua, bancado com dinheiro público. Quatro                noites de folia, trios-elétricos, bandas, decoração                e outras despesas. Significa dizer que essas Prefeituras têm                dinheiro, não cabendo a desculpa para justificar a falta                de atendimento aos flagelados da seca, esquecidos nas áreas                rurais desses municípios. Temos dois exemplos na região.                Em Apodi, o prefeito José Pinheiro Bezerra (PMDB) decidiu                promover o tradicional carnaval de rua, considerado um dos maiores                do interior do Estado. Ao mesmo tempo, decretou situação                de emergência, reconhecendo a miséria enfrentada pelos                irmãos do campo. Em Caraúbas, a Prefeitura bancou                11 noites de shows em praça pública durante a Festa                de Sebastião, encerrada no último dia 20, e cinco                dias depois decretou estado de emergência na zona rural. Não                teria sido correto patrocinar três ou quatro shows, diminuindo                o alto custo da promoção, para sobrar dinheiro para                atender os mais necessitados? No primeiro momento, sob olhar festivo,                é difícil aceitar esse argumento, afinal “pão                e circo” sempre atraíram o povo, desde a Roma Antiga.                No entanto, a responsabilidade do gestor deve ser colocada acima                dos interesses ocasionais. O povão quer diversão e                arte, como diz a música, mas precisa de comida, saúde                e educação.
Fonte: Jornal de Fato.
Já haviamos tocado nesse assunto aqui no blog, mas aparentemente esse assunto não importar a ninguém. Mais uma vez fica o alerta.
Fonte: Jornal de Fato.
Já haviamos tocado nesse assunto aqui no blog, mas aparentemente esse assunto não importar a ninguém. Mais uma vez fica o alerta.
 










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