[leia] Clássico: Ou a culpa é do mordomo ou é do falecido.
Depois de receber um telefonema do senador Fernando Bezerra (PTB-RN), o prefeito de Portalegre, Euclides Pereira de Souza (PMDB), voltou atrás e retirou a afirmação de que os medicamentos doados pela Fundação Aproniano Sá (FAS) ao município teriam sido oferecidos pelo próprio senador. O prefeito disse que fez confusão porque os remédios foram oferecidos por um assessor de Bezerra, Chico Olavo.
Ex-funcionário do ex-deputado Múcio Sá (PTB-RN), que controlava a fundação, Olavo não pode ser ouvido porque já morreu. Bezerra confirmou ontem que falou com o prefeito: “Ele disse que declarou, realmente, o que você colocou (no jornal), mas que quem falou com ele… porque eu interpelei a ele… foi um sujeito chamado Chico Olavo”.
Reportagem publicada pelo Correio mostrou que a Fundação Aproniano Sá deixou de entregar grande parte dos medicamentos e materiais hospitalares comprados com dinheiro do Orçamento da União. A parte que foi repassada a pequenas associações do interior do estado acabou sendo utilizada politicamente por prefeitos, ex-prefeitos e seus familiares.
O dinheiro foi gerado por emendas de parlamentares ao Orçamento. Bezerra apresentou uma emenda de R$ 1 milhão ao Orçamento de 2005. Já foram pagos R$ 400 mil, mas o Ministério da Saúde bloqueou o restante até concluir a investigação sobre a fundação. A instituição recebeu repasses num total de R$ 5 milhões.
O Correio entrevistou prefeitos e presidentes de associações em 10 municípios do Rio Grande do Norte na semana passada. Todos foram questionados sobre a forma como foram conseguidos os medicamentos. Euclides foi direto: “Foi através do Fernando Bezerra. Ele ofereceu os medicamentos através da associação. Foi no ano passado, no início do ano”.
Ligações Bezerra telefonou para o jornal ontem pela manhã e negou ter oferecido os medicamentos ao prefeito de Portalegre ou de qualquer outro município. A reportagem disse que manteria as declarações do prefeito. O senador afirmou que telefonaria para Euclides. No início da tarde, o Correio telefonou para o prefeito, lembrou das declarações feitas por ele e perguntou se Bezerra havia telefonado.
“Não ligou. Mas eu ouvi falar que ele estava revoltado com essas declarações. E eu queria retirar essa declaração. Na verdade, ele nunca me ofereceu, eu nunca pedi. Ele tinha razão, eu citei o nome dele em vão. Eu encontrei com o Chico Olavo, e foi ele quem me ofereceu”, disse (leia diálogos ao lado).
Euclides contou que encontrou com Olavo, um ex-assessor de Múcio Sá, no escritório de Bezerra em Natal, acompanhado por um ex-prefeito e pelo vice-prefeito. “O Chico disse que tinha um medicamento para cá. Isso foi muito antes da política (das eleições), uns seis meses antes, em 2006. Como ele (Chico) estava no escritório do Fernando Bezerra, eu citei o senador”, lembrou o prefeito.
Em seguida, a reportagem telefonou para Bezerra e perguntou se ele havia conversado com o Euclides. O senador confirmou que fez o telefonema e que o prefeito afirmou ter recebido a oferta de Olavo. “Chico Olavo trabalhava com o Múcio. Depois, ele trabalhou comigo. Ficou porque estava morrendo. Eu fiquei com pena. Ele já morreu.”
Correio Brazilienze.
Ex-funcionário do ex-deputado Múcio Sá (PTB-RN), que controlava a fundação, Olavo não pode ser ouvido porque já morreu. Bezerra confirmou ontem que falou com o prefeito: “Ele disse que declarou, realmente, o que você colocou (no jornal), mas que quem falou com ele… porque eu interpelei a ele… foi um sujeito chamado Chico Olavo”.
Reportagem publicada pelo Correio mostrou que a Fundação Aproniano Sá deixou de entregar grande parte dos medicamentos e materiais hospitalares comprados com dinheiro do Orçamento da União. A parte que foi repassada a pequenas associações do interior do estado acabou sendo utilizada politicamente por prefeitos, ex-prefeitos e seus familiares.
O dinheiro foi gerado por emendas de parlamentares ao Orçamento. Bezerra apresentou uma emenda de R$ 1 milhão ao Orçamento de 2005. Já foram pagos R$ 400 mil, mas o Ministério da Saúde bloqueou o restante até concluir a investigação sobre a fundação. A instituição recebeu repasses num total de R$ 5 milhões.
O Correio entrevistou prefeitos e presidentes de associações em 10 municípios do Rio Grande do Norte na semana passada. Todos foram questionados sobre a forma como foram conseguidos os medicamentos. Euclides foi direto: “Foi através do Fernando Bezerra. Ele ofereceu os medicamentos através da associação. Foi no ano passado, no início do ano”.
Ligações Bezerra telefonou para o jornal ontem pela manhã e negou ter oferecido os medicamentos ao prefeito de Portalegre ou de qualquer outro município. A reportagem disse que manteria as declarações do prefeito. O senador afirmou que telefonaria para Euclides. No início da tarde, o Correio telefonou para o prefeito, lembrou das declarações feitas por ele e perguntou se Bezerra havia telefonado.
“Não ligou. Mas eu ouvi falar que ele estava revoltado com essas declarações. E eu queria retirar essa declaração. Na verdade, ele nunca me ofereceu, eu nunca pedi. Ele tinha razão, eu citei o nome dele em vão. Eu encontrei com o Chico Olavo, e foi ele quem me ofereceu”, disse (leia diálogos ao lado).
Euclides contou que encontrou com Olavo, um ex-assessor de Múcio Sá, no escritório de Bezerra em Natal, acompanhado por um ex-prefeito e pelo vice-prefeito. “O Chico disse que tinha um medicamento para cá. Isso foi muito antes da política (das eleições), uns seis meses antes, em 2006. Como ele (Chico) estava no escritório do Fernando Bezerra, eu citei o senador”, lembrou o prefeito.
Em seguida, a reportagem telefonou para Bezerra e perguntou se ele havia conversado com o Euclides. O senador confirmou que fez o telefonema e que o prefeito afirmou ter recebido a oferta de Olavo. “Chico Olavo trabalhava com o Múcio. Depois, ele trabalhou comigo. Ficou porque estava morrendo. Eu fiquei com pena. Ele já morreu.”
Correio Brazilienze.
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