sábado, 19 de dezembro de 2009

[leia] Chuvas poderão ser abaixo da média

Os invernos fortes registrados em 2008 e 2009 não deverão se repetir em 2010. Ao menos é que concluiu nesta semana meteorologistas representantes do Cptec/Inpe e do Inmet em Campina Grande (PB). A informação é do meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).

Segundo Gilmar Bristot, em reunião nesta semana em Campina Grande, fazendo análise e previsão climática para as regiões Norte e Nordeste, com representantes do Cptec/Inpe e Inmet, os meteorologistas analisaram as condições de chuvas para a região e as condições meteorológicas dos oceanos e da atmosfera. Esse trabalho é realizado periodicamente.

De acordo com o DeFato. As análises possibilitaram elaborar a previsão climática para o trimestre que vai de janeiro a março de 2010 para o semiárido nordestino. Os dados observados mostram a continuidade da fase quente do fenômeno El Niño durante o mês de novembro deste ano. O fenômeno encontra-se na sua fase madura, com intensidade moderada e previsão de permanecer até maio de 2010.

Climatologicamente, o mês de novembro é um período de chuvas escassas no Rio Grande do Norte e foi observado durante o referido mês ocorrência de chuvas fracas nas regiões de Mossoró, Seridó e Litoral Leste. No Oceano Atlântico Tropical Sul observa-se que a temperatura da superfície do mar está dentro da normalidade, mas no Atlântico Tropical Norte, faixa das regiões Norte e Nordeste, há predomínio de temperatura em alta.

Dessa forma, para o período de janeiro a março de 2010, o modelo climático indica tendência de chuvas variando de normal a abaixo da média histórica para o semiárido do Rio Grande do Norte, que abrange as regiões Oeste, Central e grande parte do Agreste.

De acordo com os meteorologistas da Emparn Gilmar Bristot e Ueliton Pinheiro, vale ressaltar que o clima semiárido do Rio Grande do Norte tem como característica alta variabilidade espacial e temporal na ocorrência das chuvas. Na prática, significa que em algumas localidades poderão ocorrer chuvas em quantidades maiores e em intervalos de tempo menores do que em outras. As regiões serranas e litorâneas tendem a ter pancadas de chuvas mais fortes.

É importante lembrar também, frisam os meteorologistas, que a probabilidade de ocorrência de sistemas meteorológicos durante os meses de janeiro e fevereiro é bastante expressiva e aumenta em anos de atuação do fenômeno El Niño. Esses sistemas, que contribuem para a ocorrência de chuvas principalmente no interior do Nordeste, só podem ser previstos através do acompanhamento diário do tempo, por isso a necessidade do acompanhamento da previsão diária do tempo, explicou Bristot.

Notícia traz alívio a produtores do Vale

A informação de que o inverno não será forte é motivo de alívio nos primeiros três meses de 2010, especialmente para os pequenos agricultores que trabalham na região de várzea em Apodi e no Vale do Açu. Essas duas regiões ficaram totalmente inundadas no ano passado e, como todos os açudes estão cheios, havia o medo de nova cheia logo no início do inverno.

Na região do Apodi, além da várzea, a região da Chapada também deixou os agricultores e criadores no prejuízo. É que o inverno forte brejou a região, causando doenças nos animais e matando as plantações de milho, feijão e sorgo. Nessa região, com a notícia de que haverá menos chuvas, os agricultores poderão se programar para plantar com mais segurança.

Já, na região do Vale do Açu, além de destruir as plantações, a água avançou sobre as cidades (especialmente Ipanguaçu e Alto do Rodrigues), deixando milhares de pessoas desabrigadas. Há poucos dias, o prefeito Leonardo Oliveira, de Ipanguaçu, falou que estava preocupado, pois, segundo ele, os açudes estão cheios e logo nas primeiras chuvas já poderia haver inundação na cidade.

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