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Ressalvas sobre o emprego
Os números sobre o emprego formal divulgados ontem foram comemorados pelo governo, já que em outubro o país voltou a bater o recorde na criação de trabalho com carteira assinada. Foram abertos 230.956 postos, o melhor resultado para o mês desde 1992. Mas há dois pontos que valem ressalva. O resultado mensal elevou para 1,164 milhão o número de empregos formais criados entre janeiro e outubro de 2009. Superou-se a marca de 1 milhão, mas o acumulado no ano é o pior desde 2003, quando foram gerados apenas 910.547 vagas. Além disso, o ritmo na geração de vagas entrou em fase de desaceleração, o que deverá culminar com o fechamento de mais de 200 mil postos em dezembro. O número de vagas criadas em outubro é 8,6% menor que o de setembro. Tradicionalmente, o mercado de trabalho tem fraco desempenho no último trimestre do ano. O Ministério do Trabalho projeta que, neste mês, o saldo de contratações vá ficar próximo de 150 mil postos, enquanto a perda de vagas em dezembro flutuará em torno de 200 mil. Com informações do Estadão e da Folha (para assinantes)
Primeiro emprego
Um levantamento feito pelo Correio Braziliense mostra que mais de 90% dos brasileiros começam a trabalhar antes dos 20 anos, mas os fluminenses e brasilienses arrumam o primeiro emprego mais tarde do que a média do país. No Distrito Federal, o percentual cai para 84%, atrás apenas do Rio de Janeiro, com 83,3%. Sem a obrigação de trabalhar, os jovens podem se dedicar mais aos estudos. Assim, tanto o DF quanto o Rio são as duas unidades da Federação que reúnem os brasileiros com maior escolaridade do país. Os brasilienses têm o grau mais elevado de escolaridade. Do total de brasilienses com 10 anos ou mais de idade, 14,24% têm, no mínimo, 15 anos de estudo no currículo. A média nacional é de 6,89% e o Estado que aparece em segundo lugar, o Rio de Janeiro, tem 10,3% de sua população com 15 anos ou mais de escolaridade.
Eles estão de volta
A eleição interna do PT, que vai escolher seus novos dirigentes, pode trazer de volta à cena política oito envolvidos, direta ou indiretamente, no escândalo do mensalão. Todos fazem parte da chapa do favorito para ganhar, o ex-diretor da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra. Segundo a Folha (para assinantes), uma vitória de Dutra já no primeiro turno (como parece provável) abre espaço para que eles assumam cargos na direção do PT, que terá a missão de eleger a ministra Dilma Rousseff presidente em 2010. Fazem parte da chapa de Dutra o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor, José Nobre Guimarães e João Paulo Cunha, os ex-deputados Angela Guadagnin e Josias Gomes, e Mônica Valente, mulher do ex-tesoureiro Delúbio Soares, que saiu do PT e é apontado como pivô do caso.
Mudança na prevenção do câncer de mama
Um estudo lançado ontem nos Estados Unidos – feito por um órgão ligado ao governo muito influente entre médicos e formuladores de políticas públicas de saúde – sugere uma mudança radical na aplicação do exame para detectar o câncer de mama. As mulheres devem fazer o exame anual apenas a partir dos 50 anos, e não mais a partir dos 40 (com exceção daquelas que apresentam fatores de risco, um grupo pequeno, segundo o The New York Times – em inglês). Mesmo entre a faixa dos 50 e 74 anos, a frequência de realização do exame deve ser apenas a cada dois anos. A decisão foi apoiada por especialistas que acreditam que as mamografias podem ser prejudiciais às pacientes. Biopsias, por exemplo, trazem situações de estresse para as mulheres e algumas mamografias detectam cânceres tão inofensivos que resultam em tratamentos desnecessários. Se comparados com os benefícios da mamografia, que reduzem a morte por câncer de mama em apenas 15%, os danos precisam ser levados em conta. Especialmente pelas mulheres na faixa dos 40 que, nos Estados Unidos, são as que mais fazem mamografia – e as que menos têm chance de fato de ter a doença.
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