sexta-feira, 15 de agosto de 2008

[leia] Pesquisas eleitorais. Divulgá-las ou não?

Ainda ontem estive lendo o blog do amigo Josenias Freitas e vi que ele tinha feito algumas observações sobre Pesquisas Eleitorais e sua influência nas eleições municipais, e como não poderia ficar de fora, aproveitando uma pequena pausa no curso de Medicina, resolvi também 'meter o bedelho' e ponderar sobre esse assunto.

Nas eleições passadas, onde a disputa era entre candidatos ao cargo de governo, passamos por um momento de grande descrédito às pesquisas eleitorais, já que cada um dos candidatos mostrava uma numeração que lhes favorecia, mas passados 2 anos e com o rigor que a justiça se apresenta para essas eleições, acho muito pouco provável que passemos por momentos parecidos aqueles, principalmente por se tratar de uma disputa municipal, com candidatos municipais e sem grandes influências sobre os institutos de pesquisas.

Ou seja, os eleitores devem mesmo dar mais créditos aos números que forem apresentados.

A questão maior agora é que candidatos teria motivos para mostrar números de pesquisas?

Imaginemos um cenário fictício onde um candidato estivesse entrado numa eleição com superior vantagem sobre qualquer outro e de repente seus números começam a cair, cair a ponto de ficar bem próximo de outro candidato, com vantagem que já não lhe dar sequer chances de vitória. Para esse candidato é prejudicial a divulgação de números, e sendo assim ele retardaria o máximo possível que qualquer números fossem divulgados.

Política é simples como matemática, se antes você tinha uma vantagam de 30%, por exemplo, e na semana seguinte baixou pra 20%, depois baixou pra 12%, depois pra 6%, em seguida pra 2%, e assim vai, a tendência é que as coisas continuem piorando, e quem sabe até passe a perder. Um caso parecido aconteceu nas eleições 2006, quando o senador Garibaldi Alves iniciou as eleições com mais de 20% e foi caindo, caindo, caindo, até que a governadora Vilma passou e venceu as eleições, no primeiro turno com uma margem menor, mas no segundo a diferença alargou. Pois como eu disse, política é simples com matemática. Lembrando que esse cenário é fictício e de forma alguma pode ser levado em comparação com nenhuma situação real dessas eleições.

Por outro lado, considerando o candidato que saiu atrás, com uma grande margem de diferença, mas que com o passar do tempo foi ganhando espaço, diminuindo a diferença, crescendo a cada dia, ganhando cada vez mais a confiança e o voto do eleitor, é conveniente pra ele de início não fazer qualquer tipo de divulgação de números, e só tratar de mostrar a realidade quando a diferença já for bem pequena, pequena o suficiente para fazer o seus eleitores acreditarem que é possível vencer, e principalmente mostrar que o trabalho que está sendo realizado vem surtindo efeito.

Esse é o famoso 'gás de campanha'. Para alguns candidatos é preciso trabalhar dessa forma, é interessante as vezes mostrar números um pouco atrás e em seguida mostrar empatado, e depois mostrar com vantagem, tudo feito de forma progressiva.

Campanha se faz assim. E olha que não estou descobrindo nada sobre marketing, isso é o mínimo que qualquer um que gosta de política consegue enxergar.

Daí, vocês eleitores de todo o estado que acessam esse blog devem fazer suas ponderações sobre o que está acontecendo na sua cidade, e analisar os números das pesquisas, mesmo quando elas não são registradas e posteriormente divulgadas, uma vez que aqueles que não tem coragem de mostrar os números é porque certamente não estão em boa situação, ou pelo menos, não na situação que eles gostariam de estar.

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